quinta-feira, 6 de abril de 2017

Necropsias confirmam uso de armas químicas na Síria

Ministro turco diz que autópsias confirmam uso de armas químicas na Síria

06/04/2017 07h39
Istambul
Da Agência EFE
Criança recebe tratamento em um hospital em Idlib, no norte da Síria, após suposto ataque com armas químicas. 
Imagem de divulgação do Idlib Media Center

O ministro da Justiça da Turquia, Bekir Bozdag, informou hojew (5) que as autopsias realizadas nas vítimas do ataque ocorrido na última terça-feira, na província de Idlib, na Síria, confirmaram o uso de armas químicas.

"Fizeram autopsias em três corpos que foram levados de Idlib para Adana (sul da Turquia), e contaram com a participação de representantes da Organização Mundial da Saúde e da Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ). O resultado dos exames comprovou o uso de armas químicas", afirmou Bozdag, à agência de notícias turca Anadolu.

Segundo a agência EFE, o ministro de Saúde da Turquia, Recep Akdag, já tinha dito ontem que existiam "provas" do uso de armas químicas no ataque, que ele atribuiu ao governo sírio, que vem negando seu envolvimento na ação.

"Esta investigação científica demonstrou que Bashar al Assad (presidente sírio) utiliza armas químicas", afirmou Bozdag, hoje, após o resultado das autopsias.

Após o ataque a cidade de Jan Shijun, na última terça-feira, que causou mais de 80 mortes e deixou centenas de feridos, 30 vítimas foram transferidas para hospitais da Turquia.
Agência Brasil
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1) Em termos de análise de seus elementos componentes, autópsia vem do grego: auto (por si mesmo ou pessoalmente – e não de si mesmo) + psia (ação de ver ou examinar). Significa, em suma, analisar por si mesmo ou analisar pessoalmente. E aqui já se verifica que não quer dizer examinar a si próprio.

2) Necropsia também vem do grego: necro (morte, morto ou cadáver) + psia (ação de ver ou examinar).

3) Para Domingos Paschoal Cegalla, autópsia é um "termo usado impropriamente em Medicina Legal, em vez de necropsia, que é a perícia feita em cadáver para apurar a causa do óbito (causamortis)".1

4) Por outro lado, leciona Eliasar Rosa que necropsia é "neologismo criado para substituir autópsia, que, entretanto, não vingou".2

5) Quanto à prosódia da primeira das palavras mencionadas – ou seja, no que tange à correta pronúncia e localização da sílaba tônica no vocábulo – veja-se que o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa – veículo oficial da Academia Brasileira de Letras para apontar quais as palavras existentes em nosso léxico, assim como para definir qual sua grafia e pronúncia adequadas – em sua edição de 2004, registra autópsia, mas não autopsia.3

6) Quanto ao segundo dos termos, por seu lado, o VOLP registra apenas necropsia, e não necrópsia.4

7) Ora, ao editar o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, a Academia Brasileira de Letras age por delegação legal, de modo que sua palavra é a própria lei, no que concerne aos aspectos de sua incumbência. Desse modo, conclui-se, por um lado que está oficialmente autorizado o emprego dos substantivos autópsia e necropsia, mas não de autopsia nem de necrópsia.

8) Por outro lado, embora necropsia tenha conteúdo etimológico mais preciso, nada impede em nosso idioma o emprego de autópsia. Os vocábulos coexistem no idioma e se prestam a expressar o mesmo significado e a mesma realidade.
http://www.migalhas.com.br/Gramatigalhas/Autopsia+ou+necropsia

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