14/03/2017 13h58 - Atualizado em 14/03/2017 13h58
Do G1 Zona da Mata
Parte dos funcionários dos Correios que trabalha no Centro de Distribuição Domiciliar do Bairro Santa Terezinha, em Juiz de Fora, paralisaram nesta terça-feira (14) por tempo indeterminado. Eles cobram melhorias nas condições de trabalho e aumento do efetivo.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios da Zona da Mata e Vertentes, João Ricardo Guedes, está prevista uma reunião com a Gerência Regional de Distribuição nesta tarde. "Vamos conversar para tentar chegar a um denominador comum para que consiga visualizar alguma melhora. Não queremos solução paliativa, queremos algo definitivo", disse.
O G1 entrou em contato com a assessoria dos Correios em Belo Horizonte e aguarda retorno.
De acordo com o presidente do Sindicato, a unidade tem entre 58 e 60 trabalhadores. Ele disse que 22 aderiram na segunda e, nesta terça, o número subiu para 28. "É um movimento pontual por conta de uma situação de falta de efetivo que está gerando sérios impasses entre o carteiro e a população. Os atrasos na entrega das correspondências é culpa da administração da empresa que desde 2011 não faz concurso. Isso gerou desconforto, desgaste e doenças ocupacionais nos trabalhadores. É uma situação que não pode continuar e a empresa insiste em falar que está tudo normal", destacou João Ricardo Guedes.
A unidade em Santa Terezinha despacha as correspondências enviadas para moradores de bairros das zonas Norte, Nordeste e parte da Leste. "Sabemos que esta unidade já teve picos de 115 mil cartas por dia. Atualmente, segundo a empresa, houve uma redução e estimamos em torno de 50 mil. Os trabalhadores cobram a contratação de trabalhadores e a realização de concursos para normalizar a situação. O cenário ideal seria de ter de dez a 15 funcionários a mais. A empresa está sucateada e tememos que seja uma estratégia que leve à privatização", explicou o presidente.
Juiz de Fora conta com três Centros de Distribuição Domiciliar. Dois funcionam nas ruas Espírito Santo e na parte baixa da Marechal Deodoro, no Centro. Segundo o sindicalista, eles enfrentam os mesmos problemas, mas estão funcionando normalmente.
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