17/02/2017 22h32 - Atualizado em 17/02/2017 22h32
Do G1 ES
As prefeituras de alguns municípios do Espírito Santo anunciaram o cancelamento da programação de carnaval. Elas alegaram falta de segurança, já que apenas parte da Polícia Militar está nas ruas durante a paralisação da categoria. A crise de segurança no estado já dura 14 dias.
O Espírito Santo ficou sem Polícia Militar nas ruas porque protestos de familiares bloquearam as entradas dos batalhões no Estado, impedindo a saída dos PMs. No sábado (4), o Estado começou a viver uma onda de violência. Em 10 dias, o Espírito Santo registrou 147 mortes violentas, segundo o Sindicato de Policiais Civis (Sindipol). Segundo o governo do estado, neste mesmo período, foram 143 homicídios
Mais de 3 mil homens das Forças Armadas e da Força Nacional estão no Espírito Santo para garantir a segurança, mas, mesmo assim, algumas prefeituras preferiram cancelar ou adiar a festa de carnaval.
Até as 18h desta sexta-feira (17), quatorze cidades do Sul do estado já haviam cancelado a folia: Alegre, Anchieta, Cachoeiro de Itapemirim, Conceição da Barra, Divino de São Lourenço, Guaçuí, Iconha, Irupi, Itapemirim, Mimoso do Sul, Muqui, Piúma, Presidente Kennedy e Vargem Alta.
“A medida é em virtude da crise vivida pela segurança pública no Estado, o que inviabiliza a plena segurança de moradores e turistas durante o carnaval de 2017. A Prefeitura pede a compreensão de todos e afirma que a decisão é a mais prudente diante da situação ainda vivida no Estado do Espírito Santo” ”, diz a nota enviada pela assessoria de imprensa de Piúma.
No litoral Sul do estado, apenas o município de Marataízes manteve o carnaval, mas definiu algumas mudanças nos horários das atrações, visando a segurança do público. Toda a programação na cidade será encerrada às 00h. Já a cidade de Colatina definiu uma nova data, em abril, para as comemorações.
Carnaval de Piúma, no Sul do ES, foi cancelado
(Foto: Reprodução/ TV Gazeta)
Banda tem 10 shows cancelados
Uma banda de forró de Guarapari teve todos os 10 shows que faria durante o carnaval cancelados.
Segundo o baixista e vocalista do grupo, Frank Rangel Pimenta, todo ano os integrantes se preparam especialmente para o carnaval, com um repertório que inclua outros ritmos além do forró e sertanejo.
“Ficamos na expectativa, o repertório estava prontinho para encarar o carnaval. Mas aí veio um balde de água fria”, disse. Segundo ele, cada integrante ganharia cerca de R$ 3 mil com as apresentações.
Para não ficar no prejuízo, a banda tem procurado casas de shows particulares para garantir pelo menos alguns shows.
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