Por Equipe Positiva
dez 8, 2016
*Lailla Brito do 7º ano foi campeã na Olimpíada das Escolas Públicas. Estudante foi a única a ser premiada em Três Pontas e vai receber medalha e prêmio em dinheiro
*Lailla Brito do 7º ano foi campeã na Olimpíada das Escolas Públicas. Estudante foi a única a ser premiada em Três Pontas e vai receber medalha e prêmio em dinheiro
“Estamos fechando o ano com chave de ouro, com este ouro que nossa aluna está recebendo”. Assim define o vice diretor da Escola Estadual Jacy Junqueira Gazola e professor responsável pela Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP), Francisco Ragner Guimarães ao se referir sobre o ano de 2016.
E os motivos são evidentes. É que depois que o jovem Dilson Gabriel Pieve foi o campeão do concurso de redação “Jovem Senador” do Senado Federal e foi na semana passada em Brasília receber a premiação, tem mais uma aluna que promete ganhar os holofotes por causa de seu talento só que desta vez na matemática.
Lailla Brito Oliveira (foto) de 12 anos cursa o 7º ano. Está no Jacy Gazola há dois e é outro motivo de orgulho.
Pela segunda vez ela participou da 12ª edição da OBMEP. Em 2015 a estudante foi medalha de bronze e agora ouro em 2016 e vai receber R$1,5 mil em dinheiro.
A Olimpíada é divida em duas etapas. A primeira em junho é de múltipla escolha e a segunda em setembro. Todas as avaliações são aplicadas na própria escola, porém, seus professores não tem acesso ao conteúdo e uma equipe do Pólo que fica em Coqueiral acompanha a etapa final. Lailla revela que esta última é a mais complicada e exige concentração. Além de fazer os cálculos é preciso justificar como se chegou na resolução.
O objetivo da OBMEP é estimular o estudo da matemática e revelar talentos na área. Lailla sempre gostou da disciplina que é vista por muitos um bicho de sete cabeças. Ela não se assusta com os números, estudou e alcançou a meta que colocou a si própria: conquistar a medalha de ouro. Não tinha certeza que iria conseguir, mas tinha feito uma aposta com a professora do ano passado Michele Prósperi de que a medalha mais cobiçada seria sua.
O que a ajudou muito foi o Programa de Iniciação Científica (Pic), que é destinado aos alunos medalhistas da OBMEP. Independente da medalha, seja de prata, bronze ou ouro, o estudante é premiado com um curso on-line durante um ano.
A premiação será entregue somente em agosto de 2017, no Rio de Janeiro, pelo presidente da República Michel Temer. Depois, mais uma cerimônia será realizada em Varginha, sede da Superintendência Regional de Ensino (SRE). Lá, ela e a professora Marina Maganha receberão o reconhecimento pelo desempenho. A notícia veio no dia 30 de novembro. Sua mãe, Geisa Aparecida Brito Oliveira viu o nome da filha no site oficial da Olimpíada e juntas elas comemoraram muito.
Na escola, a notícia chegou através de um campeão que também fez a avaliação. Dilson Pieve estava em Brasília, mas de olho na internet. Foi ele quem avisou por telefone o vice diretor Francisco Guimarães.
Ele explica que para incentivar o gosto pela matemática, Francisco sempre ofereceu cursos extra classe na escola aos alunos que interessavam. Sobre a OBMEP, ele só tem elogios pela sua organização e quando a medalha é conquistada se vê que vale a pena. “A gente se sente realizado, mas tudo é fruto de muito trabalho, uma satisfação pessoal e profissional e a gratificação pela missão que nós temos”, conclui Francisco.
A diretora Luciene de Carvalho Figueiredo Kilo estava mais uma vez radiante e por Lailla ser mais um exemplo a ser seguido. “Ela é uma ótima aluna desde que chegou aqui e se destaca em outras disciplinas”, elogiou. São notícias assim que Luciene diz que precisam ser divulgadas, pois as vezes as pessoas não sabem ou não acreditam no trabalho que é feito em escola pública. Os resultados dos concursos e avaliações feitos pelos alunos da Escola Jacy Gazola em 2016, a coloca em local de destaque, fruto de um trabalho sério e de uma equipe comprometida com o ensino.
12ª Olimpíada de Matemática
Dos quase 18 milhões de alunos que participaram da maior disputa do gênero no mundo, 6.502 ganharão medalhas de ouro (501), prata (1.500) e bronze (4.501), e 42.482 estudantes receberão menções honrosas. As cerimônias de entregas dos prêmios da OBMEP ocorrerão em 2017, em datas a serem definidas.
Neste ano, 99,6% municípios brasileiros tiveram inscritos, novo recorde da competição. A OBMEP 2016 teve 913.889 alunos classificados para a segunda fase. Mais de 90% das 47.474 escolas públicas participantes (123 delas indígenas) levaram alunos para fazer as provas em cerca de 9 mil centros, por todo o país. Criada em 2005 e realizada pelo IMPA, a OBMEP é a maior Olimpíada estudantil do país e tem como metas estimular o estudo da Matemática e revelar talentos.
O IMPA anunciou neste ano que, a partir de 2017, a Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM) será integrada à OBMEP, constituindo uma única competição aberta a todas as escolas brasileiras, sem exceção.
A mudança não afetará a participação das escolas públicas nas Olimpíadas, que seguirão disputando o mesmo número de medalhas atual. As provas também continuarão a ser elaboradas pela comissão atualmente responsável. A expectativa do IMPA é que, com a integração das duas Olimpíadas, a OBMEP alcance um número maior de adesões em todo país.
A OBMEP é promovida com recursos dos Ministérios da Educação (MEC) e Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e tem apoio da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM).
http://www.equipepositiva.com/estudante-do-jacy-gazola-e-ouro-na-olimpiada-brasileira-de-matematica-das-escolas-publicas/
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