segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Pesquisas falharam e ficou claro que o eleitor quer renovar, mas não há novos líderes

Charge do Newton Silva (newtonsilva.com)

Carlos Newton

Não há mais dúvidas de que o Brasil vive novos tempos na política, graças à dedicação, à firmeza e à dignidade da nova geração da Polícia Federal, do Ministério Público e da Justiça, que decidiram passar este país a limpo, diante do clamoroso fracasso da geração que ainda ocupa o poder e precisa ser escorraçada o mais rápido possível. Essa bem-vinda nova geração é a dos concursados, daqueles que chegaram a uma posição de destaque na sociedade por seus próprios méritos, sem apadrinhamento político e sem jeitinho brasileiro. E o maior perdedor da eleição chama-se Lula da Silva, justamente aquele velho líder que se orgulha de jamais ter lido um livro e se diverte tentando ridicularizar os “meninos concursados”.

Ficou claro que o eleitorado brasileiro, em sua imensa maioria, está exigindo renovação, embora até tenha havido pouco renovação em Câmaras Municipais de importantes cidades, e isso pode ser explicado pelo fato de que não há novas lideranças. Parodiando o genial compositor Belchior, poder-se-ia dizer que “ainda somos os mesmos e depois dele (Lula) não apareceu mais ninguém”… Mas precisamos-se desesperadamente que apareça alguém.

FRACASSO DAS PESQUISAS – As pesquisas eleitorais estão completamente desmoralizadas. Aliás, jamais deveriam existir em países como o Brasil, onde predomina a esculhambação partidária e em breve chegaremos a 60 legendas, o que me faz lembrar uma frase do grande amigo/jornalista Raul Giudicelli: “O Brasil consegue ter mais facções política do que a Psicanálise”.

Em nosso país, as pesquisas são altamente antidemocráticas, porque conduzem ao voto útil, polarizando as eleições entre apenas dois candidatos. Só deveria haver pesquisa em nações como os Estados Unidos, onde o bipartidarismo é um fato, embora exista multiplicidade de legendas.

As urnas falaram e, como sempre, nos deixam lições. A maior delas é a constatação de que o povo brasileiro é democrata e gosta de votar. A alegria das pessoas nas ruas, em dia de eleição, chega a ser comovente. E isso é animador.

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