terça-feira, 6 de setembro de 2016

Gás de cozinha fica pelo menos 10% mais caro a partir deste mês

Renan Ribeiro 
06 Setembro 2016 06:00

Distribuidoras orientam consumidores a verificar o lacre do botijão por segurança  -  Foto: Jéssica Pereira

O valor do botijão de gás vai sofrer reajuste em todas as distribuidoras ao longo de setembro. Os valores percentuais e o início da validade do aumento devem variar de acordo com a empresa. Algumas começaram a praticar o novo preço, a partir do primeiro dia deste mês. Outras, no entanto, começaram a incluir o reajuste nessa segunda-feira, 5. Outras ainda devem modificar o valor do botijão ao longo de setembro, enquanto o aumento pode variar entre 10% e 15%.

Conforme explicam as distribuidoras, o aumento, que estava sendo negociado desde o início do ano, é regular e inclui, entre outras coisas, as atualizações das folhas de funcionários. “Meses como setembro e outubro são típicos de negociação salarial e de convenções coletivas. Na verdade, elas começam no início do ano e se estendem até agora. Os sindicatos patronais, que pagam, tentam segurar, enquanto os sindicatos de empregados tentam puxar a corda um pouco mais pra cima. Tudo isso tendo a inflação como referência”, explica o consultor econômico, Luciano Costa.

Desse modo, os funcionários passam a receber mais, os custos também aumentam e os preços são reajustados, como conseqüência. “Combustível e energia foram os únicos itens que não sofreram reajustes, mas foram aqueles mais sentidos, porque o governo tinha barrado os aumentos com as concessionárias, anteriormente. Quando eles aconteceram, vieram muito mais altos do que o esperado”, lembra Costa.

O gerente da distribuidora Rodrigás, Rodrigo Valle, conta que, na unidade na qual ele trabalha, o reajuste chega a 13%. “Infelizmente, esse é o tipo de aumento que não temos como não repassar ao consumidor. Muita gente ainda acredita que não vá acontecer problema e aguarda para ver se o aumento não é confirmado e o valor volta a cair. Mas não é o que vai acontecer, porque todas as distribuidoras sofrerão o aumento”, explica, dizendo que não adianta pechinchar nesse caso.

A gerente da distribuidora Irmãos Mendes, Katiely Mendes Barbosa, também reforça que os preços devem variar pouco de uma empresa para outra e ressalta que os consumidores devem ficar atentos, pois existem muitos vendedores clandestinos, que praticam preços muito abaixo do mercado.

“Há distribuidores que acabam vendendo mais barato, mas não têm segurança nenhuma, não possuem cadastro na Agência Nacional do Petróleo (ANP), não têm nota fiscal e o botijão pode não ter 13kg conforme a norma manda. O consumidor deve sempre observar se o carro é padronizado e conferir no uniforme e no crachá as informações. Até porque, você tem que saber quem está entrando na sua casa, além de ter a segurança de que compra o gás de uma empresa idônea. Caso o cliente precise reclamar, ele tem um local para fazê-lo”, frisa a gerente.

Outra orientação dada por Katiely é se o botijão tem um lacre. “Se ele estiver rompido, violado, é porque o botijão já foi utilizado. Indicamos aos funcionários que mostrem o lacre do botijão para os consumidores, para ele ver que está sendo aberto naquela hora”, comenta.
Como economizar

Diante de aumentos, segundo o consultor Luciano Costa, o ideal é fazer uma pesquisa entre os distribuidores e escolher aquele que possui o menor preço. “Considerando condições ideais de armazenamento e da qualidade do produto, esse valor consegue ajudar a diminuir o impacto do aumento”, considera.

Outros recursos também podem ser adotados, como indica o consultor. “Não faz sentido cozinhar feijão fora da panela de pressão, por exemplo, porque vai gastar muito mais gás e por muito mais tempo. Se vai fazer um café, faça a maior quantidade possível e o mantenha na boa e velha garrafa térmica, para não ter que fazer várias vezes ao longo do dia. Ficar sem gás não tem como, e, por isso, as famílias precisam racionalizar o uso”, acrescenta.

Por fim, Costa explica que algumas trocas podem não ser vantajosas. “Apesar do aumento, o gás ainda é muito mais barato do que a energia elétrica. Então trocar o fogão convencional por versões elétricas pode representar ainda mais prejuízo. Você economiza gás e acaba gastando muito mais em energia”, encerra.
http://www.diarioregionaljf.com.br/cidade/7255-gas-de-cozinha-fica-pelo-menos-10-mais-caro-a-partir-deste-mes

Nenhum comentário:

Postar um comentário