Foto: Banco de Dados da Agência Minas/Seds
QUI 12 MAIO 2016 09:15 ATUALIZADO EM QUI 12 MAIO 2016 08:41
Sistema de Alarme Prévio, da Corregedoria da Polícia Militar, emite alerta quando acontece um desvio de conduta de um militar
A Corregedoria da Polícia Militar está desenvolvendo um projeto-piloto que alerta quando um policial militar se envolve em determinados tipos de desvios de conduta. É o chamado Sistema de Alarme Prévio, que tem o objetivo de acionar preventivamente o comando da PM para evitar que policiais reincidam em desvios de conduta e cometam atos mais graves. Segundo a Corregedoria, essa prevenção vai promover uma maior assistência à tropa e bem estar a esses profissionais.
A Ouvidoria-Geral do Estado (OGE) entrou como parceira do projeto para fornecer dados estatísticos. “Sempre que detectamos uma, duas ou três denúncias referentes a um mesmo PM, nós já acionamos a Corregedoria. Os nossos dados estatísticos ajudam bastante nessa apuração e, de forma inequívoca, colaboram com Sistema de Alarme Prévio”, explicou o ouvidor de Polícia da OGE, Paulo Alkmim.
De acordo com o corregedor da PM, coronel Alexandre Antônio Alves, o projeto-piloto está em funcionamento em dois batalhões: o 34º, em Caiçara, e o 48º, em Ibirité. De setembro de 2015 até o começo de maio deste ano, foram mais de 40 alertas. “É mais no sentido de prevenir, chamar atenção para o militar que está tendo problema”, afirma.
“Esse sistema junta tanto envolvimento em registros de ocorrência quanto apurações em determinados tipos de desvio de conduta. Quando ocorre esse tipo de fato, o sistema emite um alerta para o chefe desse militar e vai fazer com que esse comandante analise a situação e verifique qual a providência administrativa em amparo àquele policial. É para detectarmos se ele (o PM) está com algum problema e tentarmos, por meio do comandante direto, evitar que possa cometer fatos mais graves do que os detectados”, explica o corregedor.
Segundo ele, a previsão é que em três meses os testes do projeto-piloto sejam finalizados para saber se há condições de operar em todo o estado. Em Minas Gerais, são 63 batalhões e outras unidades menores, chegando a cerca de 120.
O coronel ressalta a importância da parceria com a OGE. “A Ouvidoria é sempre uma parceira e tem interesse em que as reclamações diminuam. Como é um projeto preventivo que visa ao bem-estar do militar, visa também à diminuição dessas reclamações. O militar estará bem orientado e, portanto, haverá menos reclamações na Ouvidoria”, complementa o corregedor.
Agência Minas
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