quinta-feira, 17 de março de 2016

Moradores denunciam problemas em unidade básica de Juiz de Fora

16/03/2016 16h12 - Atualizado em 16/03/2016 16h19

Do G1 Zona da Mata

Moradores e o Conselho Local de Saúde de Benfica reclamam de problemas de atendimento na Unidade de Atenção Primária à Saúde (Uaps) do Bairro em Juiz de Fora. Segundo eles, faltam médicos e funcionário responsável por marcação de consultas com especialistas e exames, o que dificulta o acompanhamento e a sequência do tratamento dos pacientes.

Em nota, a assessoria da Secretaria de Saúde informou que as providências estão em andamento para suprir o quadro dos médicos e do funcionários.

Insatisfação
A Uaps de Benfica deveria ter três médicos, realizando média de 40 atendimentos por dia. No entanto, a unidade sofre com a falta de profissionais, segundo a vice-presidente do Conselho Local de Saúde, Aline Junqueira. “Era para ter um referência e dois complementares. As pessoas não têm segurança. Há dias em que o quadro está completo com três médicos e no outro dia não tem nenhum”, disse.

Quando consegue o atendimento, há casos em que as pessoas discordam do diagnóstico. A dona de casa Fernanda Grasielle Siqueira disse que a filha foi tratada como um caso de dengue, mas não tinha a doença. “Minha filha ficou no soro e hidratou, mas o problema dela não era dengue, era garganta infeccionada. O médico nem sequer olhou, nem sequer se preocupou em diagnosticar. Dor de cabeça é dengue, dor de barriga é dengue, tudo é dengue”, reclamou.

A aposentada Maria da Mota de Paula, que precisa de acompanhamento na cardiologia, sente a falta de um especialista. "Tem dia que você chega e a enfermeira chefe te atende. A gente precisa de médico bom e especialista aqui. Não é só clínico”, cobrou.

Outro problema é a falta de atendimento para a marcação de consultas com especialistas e exames. A janela fechada indica a falta de funcionário. E os usuários ressaltam que não podem procurar outra unidade porque a Uaps é a referência para eles.

A aposentada Nilde Arruda está enfrentando este problema. "Preciso remarcar um ecocardiograma e um teste ergométrico para o acompanhamento do meu caso. Tem mais de uma semana e não consigo remarcar porque a janela está fechada", comentou.

Com problemas de varise e dor nas pernas, o documento nas mãos do confeiteiro Aloíso Adarc, por enquanto, não ajuda no tratamento dele. "Levei três semanas para conseguir um médico, que me encaminhou para o especialista. Mas não tem ninguém para marcar. Estou com problemas nas pernas e continuo trabalhando deste jeito", lamentou.

Providências
De acordo com a assessoria da Secretaria de Saúde, um médico clínico foi direcionado para o atendimento na unidade, desde segunda-feira (14), até a efetivação do novo profissional através do processo de contratação que está em andamento.

A secretaria informou ainda que a Uaps possui mais seis especialistas, incluindo ginecologistas e pediatras, além de outro clínico, totalizando oito médicos, como é determinado para unidades tradicionais de saúde.

A Secretaria de Saúde esclareceu que o cardiologista não faz parte do quadro da atenção primária à saúde, por ser especialidade da atenção secundária, encontrada nas Redes Assistenciais.

Sobre a falta falta de funcionário para a marcação de consultas e exames, a Secretaria aifrmou que um profissional será designado para a função a partir desta quinta-feira (17).

Sobre a reclamação da dona de casa Fernanda Siqueira quanto ao diagnóstico da paciente, a Secretaria de Saúde explicou que é uma conduta médica que cabe ao profissional da área estabelecer o melhor tratamento.

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