Mais um oficial da PM é exonerado após descumprir ordem da primeira dama do AM

jan 28, 2016 

Coronel César Gomes é o novo diretor do Colégio Militar da PM em Petrópolis (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

Por Redação Metropolitano

Manaus – Seguindo o exemplo da rainha consorte da França, Catarina de Médici, a primeira dama do Amazonas, Edilene Melo, não perdoa quem contraria suas ordens. Após ficar insatisfeita por ter um pedido pessoal negado, ela teria pedido a cabeça, além do major Benfica, a do diretor do Colégio Militar da PM, de Petrópolis, tenente-coronel Gilvandro Mota da Silva. O oficial foi exonerado do cargo esta semana e substituído pelo coronel César Gomes, que seria amigo da esposa do governador José Melo.

O que rola nos bastidores da política amazonense é que Edilene usa do luxo do “poder” e do glamour para se firmar numa corte estranha e hostil. Preste a ser destronada, já que o professor Melo foi cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) por denúncias de compra de votos, ela teria solicitado uma vaga para uma “amiga íntima”, em um dos colégios militares administrados pela Polícia Militar do Amazonas (PMAM). Entretanto, seu pedido não foi atendido e teria gerado os afastamentos.

As informações foram repassadas por fontes do Portal Metropolitano. Tanto a assessoria da PM, quanto a do Governo do Estado decidiram ficar caladas sobre as denúncias. Porém, afirmaram que não trabalham com especulações. O que se sabe de fato é que os dois oficiais foram exonerados e realocados para outros postos.

Questionada sobre outras exonerações na instituição nos últimos dias, além do destino de Gilvandro Mota, a assessoria da Polícia Militar não encaminhou respostas até a publicação desta matéria.

Policiais chegaram a comentar que antigamente os militares não tinham oportunidade de matricular seus filhos nas unidades educacionais administradas pela PM. Os dois oficiais mudaram essa realidade e priorizavam os filhos dos servidores. Por isso, podem ter sofrido retaliações.

Se segura quem puder

As vésperas de deixar o cargo, José Melo e Henrique Oliveira estão preparando a defesa contra as denúncias e se articulando politicamente. Sem certeza sobre o futuro, amigos do governador e da sua esposa, com uma “ajudinha”, estão tentando se segurar nas secretarias.

Cassação

O que não se sabe é se a Edilene continua ou não como primeira-dama do Estado, já que na última segunda-feira (25), o governador José Melo e seu vice, Henrique Oliveira, foram cassados. Os dois aguardam a publicação oficial do acórdão no Diário de Justiça do Amazonas para entrar com um recurso. A desembargadora do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Socorro Guedes, vai tomar a decisão sobre quem fica no cargo de Governador do Amazonas após a divulgação.

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