11/09/2015 16h36
11/09/2015 19h20
Brasília
Andre Richter - Repórter da Agência Brasil
A Polícia Federal (PF) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) autorização para tomar os depoimentos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ex-ministros e investigados na Operação Lava Jato ligados ao PP, ao PMDB e ao PT. A solicitação consta do ofício no qual a PF pede mais prazo ao ministro Teori Zavascki, relator dos processos da Lava Jato no STF, para dar continuidade a um dos inquéritos da operação.
Antes de tomar uma decisão, Zavascki deverá pedir parecer do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, sobre a vialibilidade dos depoimentos.
Segundo a PF, o ex-presidente não é investigado na Lava Jato, mas o depoimento é necessário, diante das acusações feitas por diversos delatores, que envolvem parlamentares que fizeram parte da base de apoio ao governo Lula. "Faz-se necessário trazer aos autos as declarações do então mandatário maior da nação, Luiz Inácio Lula da Silva, a fim de que apresente a sua versão para os fatos investigados, que atingem o núcleo político-partidário de seu governo", diz a Polícia Federal no ofício.
Com a prorrogação do inquérito, a PF também pretende ouvir executivos de empresas que fizeram doações a parlamentares dos três partidos, do ex-ministro das Cidades Mário Negromonte; de Maria Cléia Santos, assessora do senador Valdir Raupp (PMDB-RO), além do presidente do PT, Rui Falcão, e do ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli.
A Polícia Federal pediu também que sejam ouvidos a ex-ministra da Secretaria de Relações Institucionais Ideli Salvatti, o ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República Gilberto Carvalho e o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu.
Procurado pela Agência Brasil, o Instituto Lula não se pronunciou. O PT preferiu não se manifestar, dizendo que não foi notificado sobre o pedido da Polícia Federal para ouvir Rui Falcão e Lula. A reportagem também entrou em contato com a assessoria do senador Valdir Raupp e aguarda retorno.
A matéria foi ampliada às 19h20
Edição: Nádia Franco
Agência Brasil
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