quarta-feira, 23 de setembro de 2015

LADRÕES AOS BANDOS INVADEM AS PRAIAS DO RIO COM O SOL POR TESTEMUNHA


Defensoria Pública incentiva criminalidade no Rio

Pedro do Coutto

Todos os finais de semana, tendo o sol por testemunha, bandos de ladrões invadem seguidamente os bairros de Copacabana e Ipanema, e recentemente Botafogo, a caminho do mar, pretexto que usam para roubar e agredir a torto e a direito homens, mulheres e crianças. Sábado passado se repetiu a mesma cena, apesar da presença da PM nas ruas e esquinas de acesso preferidas pelos delinquentes.

O título deste artigo, claro, está inspirado no filme francês famoso dirigido por Henry Clement. Enquanto a reação dos moradores resulta da sensação de pânico ampliada pela audácia cada vez maior dos delinquentes em geral, que, no final da semana, chegaram ao cúmulo de provocar patrulhas policiais visando afastá-las dos locais em que estavam baseadas e assim liberar o campo de ação para seus sórdidos propósitos. Por isso agem em bandos.

ARRASTÕES

A excelente reportagem de Antônio Werneck, Leonardo Sodré, Darlan de Azevedo e Emanuel Alencar, O Globo, edição de segunda-feira, destacou com vigor necessário um quadro que se repete de uma anos para cá. Hordas, na maioria menores sob comando de criminosos de maior porte, força e idade, atacam em série, apoderando-se de mochilas, bolsas, celulares, além de outros objetos portados pelas vítimas, inclusive chinelos. São milhares.

Os moradores do Posto Seis, por exemplo, torcem até para que chova nos finais de semana, uma vez que os ladrões , numa escala de 90% atacam ao sol e a partir de agora, não só pelas manhãs como ao entardecer. No final das tardes ensolaradas quando banhistas se retiram pelas areias ainda quentes e molhadas de espuma. Uma situação de descalabro que se eterniza.

TRANSPORTE PREFERIDO

A linha do ônibus 474 (Jacaré-Jardim de Alah), destacada pela reportagem de O Globo, é o transporte preferido dos bandos em sequência. A insegurança de Copacabana, Ipanema e Leblon começa e termina ao longo desse trajeto. Os motoristas já conhecem muitos ladrões que se revezam, porém nada podem fazer, além de transportá-los, temendo até cobrar-lhes as passagens. Descem aos gritos pelas janelas. No mês de setembro, o panorama se agravou. O Secretário de Segurança, José Beltrame, com suas declarações agravou a insegurança.

Referiu-se a uma decisão judicial requerida, vejam só, pela Defensoria Pública, determinando que a PM só poderia agir reflexivamente e não preventivamente. Um absurdo. Só poder agir depois do delito significa não atuar para impedi-loI. Isso representa exatamente expor ainda mais os moradores da zona sul e dar proteção indireta a bandidos de todas as idades.

DISTORÇÃO

Defensoria Pública. Seu compromisso deve ser com a vida e a integridade de todos, não contribuir para expor a maioria esmagadora à sanha de uma minoria que tenta viver fora da lei, como se isso fosse possível.

Se grupos numerosos descem dos ônibus carregando instrumentos de agressão consigo, tal verdade já seria suficiente para a PM agir. E não esperar que tais armas causassem as ondas de vandalismo que se sucedem. As praias e o sol compõem o cenário dos ataques sucessivos. Os moradores, entre eles os idosos, já não suportam mais os episódios de tragédias mais do que presumíveis e previstas. A PM cumpre seu papel. A Defensoria, ao invés de defender a população, indiretamente incentiva a violência, os assaltos, os furtos, os roubos, os crimes. Não faz sentido.

Tribuna da Internet

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