Thais Bilenky e Fernanda Ezabella
Folha
O proprietário de uma empresa de limusines em San Francisco (EUA) disse que entrará na Justiça americana contra o governo brasileiro se não receber o pagamento de US$ 100 mil pelos serviços de transporte prestados durante a viagem oficial da presidente Dilma Rousseff à Califórnia, em julho.
O cônsul-geral de San Franciso confirmou que o montante não foi quitado, mas considerou “normal” o “atraso”.
“Ainda não recebemos os recursos de Brasília. Não sei exatamente a razão. Deve ser algum problema orçamentário, então a gente não pôde ainda realizar o pagamento”, disse Eduardo Prisco Paraiso Ramos à Folha.
Segundo o brasileiro Eduardo Marciano, dono da NS Highfly Limousine, a comitiva contratou 25 motoristas, dois ônibus, um caminhão, três vans e 19 limusines. Marciano disse que usou US$ 40 mil de recursos próprios para custear parte das diárias dos 25 motoristas mobilizados e das vans, que ele sublocou.
A história veio à tona após um texto ser publicado no domingo (16) na CNN iReport, um site da emissora americana que publica blogueiros diversos não afiliados à CNN. O blog foi escrito pelo usuário Mack2008, que diz ser um chef de cozinha (“executive pastry chef”, em inglês) de Miami, Flória (EUA). A maioria de seus posts está relacionada ao Brasil e à crise do governo.
A presidente esteve na Califórnia no dia 1º de julho, mas os veículos foram usados de 16 de junho a 2 de julho para os preparativos da visita. Dilma antes passara por Nova York e Washington em uma série de eventos para vender o pacote de infraestrutura do governo a investidores estrangeiros e em encontro com o colega americano, Barack Obama.
“Estou cansado de ir ao consulado [em San Francisco]. Não quero levar o governo para a corte aqui. Mas não posso ter um prejuízo desses”, disse Marciano. O empresário lamentou que as diversas tentativas de comunicação diretamente com o Itamaraty foram frustradas.
http://www.tribunadainternet.com.br/planalto-nao-pagou-limusines-que-dilma-usou-em-nova-york/
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