12 de junho de 2015 - 10:49
POR TRIBUNA
O vereador e presidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara, João do Joaninho (DEM), suspeito de envolvimento em crime ambiental na noite de quinta-feira (11), fugiu após ser abordado pela Polícia Militar. Em entrevista à Rádio CBN, o militar responsável pelo registro da ocorrência, tenente Aloísio Vargas Júnior, da 4ª Companhia Independente de Meio Ambiente e Trânsito Rodoviário da PM, disse que, após ser abordado na represa de Chapéu D’Uvas, o vereador informou que estava sem os documentos e que os buscaria em sua propriedade, às margens da represa. Porém, conforme o tenente, o parlamentar não retornou, o que configura a fuga. Ainda conforme o Registro de Evento de Defesa Social (Reds) número 2015-012345427-001, que registra a ocorrência, o vereador teria se “aproveitado da situação e evadido do local, tomando rumo incerto, não sendo localizado pela guarnição até o encerramento da ocorrência”. Até o momento, o parlamentar não compareceu à Câmara, onde nesta sexta foi realizada audiência pública para discutir o reajuste da tarifa de ônibus. A Mesa Diretora da Câmara informou que tenta contato com o parlamentar antes de se posicionar sobre o caso.
Por meio de sua página pessoal no Facebook, o vereador negou envolvimento na apreensão de uma lancha onde estavam três capivaras e um jacu abatidos, além de uma espingarda calibre 22 e 48 munições, sendo duas já deflagradas. O parlamentar informou que “as notícias que estão sendo divulgadas sobre uma suposta informação onde afirmam a detenção do vereador são falsas. O que realmente houve, foi a detenção de um vizinho em uma embarcação de uso comum ao condomínio onde se encontravam.” No gabinete de João do Joaninho, a informação é de que ele não foi trabalhar nesta manhã.
“Enquanto registrávamos a ocorrência na delegacia, o advogado que se apresentou como advogado da Câmara disse que o vereador teria passado mal e se deslocado para o Monte Sinai, e que depois se deslocaria para delegacia. Momentos depois, ele mudou a versão e disse que teria saído do hospital e ido para o consultório de um cardiologista, sem informar o endereço”, disse o tenente Aloísio Vargas. Na noite de quinta, a assessoria de comunicação do Hospital Monte Sinai informou que o vereador não deu entrada na unidade.
Ainda conforme o boletim de ocorrência da PM, o vereador assumiu a propriedade da lancha. O documento cita ainda que o veículo estava “em alta velocidade e em atitude suspeita”, quando foi abordado. O parlamentar estava acompanhado de um homem de 51 anos, que teria assumido a autoria do crime e a posse da arma. O suspeito, os materiais apreendidos e a lancha, motor Jhonson 30, foram encaminhados à Delegacia de Santa Terezinha. A abordagem em Chapéu D’Uvas foi feita por cinco militares, em duas viaturas, que estavam acompanhados de dois fiscais da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Semad). De acordo com o fiscal da Diretoria da Fiscalização da Pesca e da Fauna da Semad Gustavo Cavalcanti Araújo dos Reis, os dois detidos podem ser enquadrados no crime descrito no artigo 29 da Lei 9.605/1998. Por cada animal morto, a multa é de R$ 751,27, totalizando, neste caso, R$ 3.005,08. O valor é referente à espécie não ameaçada de extinção.
http://www.tribunademinas.com.br/vereador-fugiu-apos-ser-detido-por-suspeita-de-crime-ambiental/
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