Advogado suspeito de chefiar tráfico de drogas atuava em direito criminal

18/06/2015 20h18 - Atualizado em 18/06/2015 20h18

Do G1 Zona da Mata

Operação 'Teia' prendeu cinco suspeitos nesta quinta-feira (18) (Foto: Reprodução/TV Integração)

A Polícia Federal (PF) desarticulou uma quadrilha de tráfico de drogas que atuava em várias cidades da Zona da Mata. Detalhes da operação "Teia", que investigou e prendeu o grupo, foram divulgados nesta quinta-feira (18), durante coletiva.

Ao todo, cinco pessoas foram presas nesta quinta, sendo duas em Juiz de Fora, duas em Leopoldina e uma em Ubá. Os suspeitos foram levados para a sede da PF e, segundo os policiais, serão encaminhados para o Ceresp de Juiz de Fora.

Um advogado de Juiz de Fora, de 37 anos, é apontado como o chefe da quadrilha. A polícia não revelou a identidade dele, porque as investigações correm em segredo de Juistiça. Ele foi preso em casa, no Parque Independência, por mandado de prisão, e também em flagrante por posse ilegal de arma de fogo. Um revólver calibre 38 foi encontrado no carro do suspeito. Um dos veículos apreendidos com droga está no nome do advogado.

"Houve episódio anterior, durante a lavratura do auto de prisão em flagrante que arrecadou parte dos 20 kg de droga, em que um dos automóveis que transportava essa droga estava em nome deste advogado que foi preso hoje", explicou o delegado da Polícia Civil que participou da operação, Daniel Araújo.

"Ele atuava ativamente no tráfico de drogas. Ele não se limitava a defender os clientes dentro da atividade jurídica. Ele atuava como mentor na distribuição de drogas. O advogado foi indiciado por tráfico de drogas e associação para o tráfico associação para o tráfico", completou o delegado da Polícia Federal Flávio Albergaria.

A operação durou três meses e envolveu policiais militares, civis e federais da Zona da Mata e Belo Horizonte. Ainda conforme a Polícia Federal, também houve quatro prisões em abril, quando a polícia encontrou droga em veículos, que seria distribuída na região.

"Nós não encerramos o trabalho com a apreensão da droga e a prisão do transportador. Nós estamos fazendo um trabalho para atingir aqueles que estão dirigindo a ação criminosa", afirmou o chefe da PF em Juiz de Fora, Carlos Henrique Macedo.

De acordo com os investigadores, o advogado suspeito de chefiar o grupo atuava na área de direito criminal. Seria ele o responsável por articular o tráfico que levava a droga de Juiz de Fora para Ubá, Leopoldina e Cataguases.

A polícia informou que ainda faltam quatro mandados para cumprir. Desde que a operação "Teia" começou, há três meses, foram apreendidos 20 kg de maconha e pasta base de cocaína.

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