04/05/2015 20h34 - Atualizado em 04/05/2015 20h34
Do G1 RS
Policiais civis e militares protestaram nesta segunda-feira (4), na Região Norte do Rio Grande do Sul, contra as medidas de redução de gastos na segurança pública determinadas pelo governo do Estado. No dia 25 de abril, todas as delegacias receberam um e-mail informando que as cotas de combustível para as viaturas foram reduzidas.
A mensagem, enviada pelo Departamento de Serviço e Conservação de Viaturas, diz ainda que "não existe qualquer margem para suplementação" nos valores. Na semana passada, Antonio Carlos Pacheco Padilha, delegado que comanda o departamento, alegou que, mantendo a utilização registrada ao longo dos meses, não haverá situação em que as viaturas parem por falta de combustível.
Em Passo Fundo, os policiais fizeram uma caminhada pelo centro da cidade. Eles são contra a redução de horas extras, de diárias e da cota de combustível para as viaturas. "A gente também está reivindicando renovação do nosso material bélico, que seriam viaturas com problemas, coletes vencidos e armamentos de grande porte", explica Mirian Casanova da Rosa, representante do movimento.
Em Santa Rosa, no Noroeste do estado, desde o início do ano a Brigada Militar afirma que enfrenta o corte de custos em diárias, horas extras e também no combustível. O Comando da corporação recebeu as reclamações com surpresa. O comandante da corporação disse que não há qualquer determinação para reduzir o consumo de combustível, nem a cota diária de gasto por viatura.
"Não tem nenhum comandante regional com qualquer tipo de orientação verbal ou por escrito do comando da Brigada sobre redução", afirma o subcomandante-geral da BM, Paulo Moacir.
Ele afirma ainda que neste ano a Brigada Militar está gastando mensalmente R$ 100 mil a mais de combustível na comparação com 2014. Mas o presidente da entidade que representa os cabos e soldados rebate e afirma que há redução e que o combustível economizado já prejudica o patrulhamento.
Hoje, a Brigada Militar tem 2,8 mil viaturas e gasta por mês cerca de R$ 1,5 milhão com combustível.
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