segunda-feira, 18 de maio de 2015

Paralisação de ônibus 'inferniza' a vida de passageiros em Juiz de Fora

Avenida Rio Branco/ Avenida Itamar Franco....Juiz de Fora 




                            Imagens:ABR
No final desta manhã (18) teve início a Operação denominada 'Linguição', onde os ônibus enfileirados não trafegavam.

Muitos coletivos urbanos, inclusive os que ficariam nas garagens, superlotaram as vias de Juiz de Fora. Tinha tanto ônibus que parecia uma disputa para saber qual a empresa possuía a maior frota.

Passageiros tiveram que desembarcar dos coletivos e seguir seus destinos por meios próprios; a maioria se deslocou a pé.

O Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo (Sinttro/JF), participa de negociações com a Associação Profissional das Empresas de Transporte de Passageiros (Astransp).

Neste instante, motoristas dos ônibus urbanos cruzaram os braços na Avenida Rio Branco.

Nota da Secretaria de Transporte e Trânsito (Settra) informa que não foi cientificada previamente de qualquer manifestação dos rodoviários e, sendo assim, em conformidade com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), todos os ônibus que estiverem impedindo a circulação na via serão autuados.

COMUNICADO: Astransp busca sensibilizar categoria sobre acordo salarial
A Astransp vem a público informar que, apesar das solicitações do Sindicato dos Rodoviários de urgência para consolidar o acordo salarial deste ano, já está honrando o compromisso firmado com a categoria, concedendo novo reajuste nos salários. Desde o dia 1º de maio, os funcionários do sistema já contabilizam nos vencimentos a aplicação do INPC acumulado no período, da ordem de 7.13%. Além disso, foi garantida a data-base da categoria, que é fevereiro. Mas para ir além desta prévia, as empresas não vislumbram grandes perspectivas de avanço, pois têm acumulando uma defasagem histórica entre despesas e receitas, agravada nos últimos anos. 

A Astransp já vem expondo as diversas causas do grande prejuízo imposto às empresas operadoras do transporte urbano há anos, mas diante do período de negociação salarial espera sensibilizar a categoria profissional, visando à sobrevivência do sistema e a manutenção do serviço prestado dentro de níveis adequados. Além dos ganhos reais de salariais já praticados nos últimos anos (mesmo enquanto a tarifa esteve congelada), o segundo maior impacto no equilíbrio financeiro das empresas está nos sucessivos aumentos dos combustíveis. O preço do diesel considerado para o cálculo da tarifa atual foi o de março de 2014. Valor que já acumula nova defasagem, da ordem de 13,96%, seguindo dados oficiais da ANP. Mas, na prática, ele é muito maior, pois não considera o preço médio real e acréscimo de frete. 

O considerável impacto das despesas administrativas é outro ponto relevante para a operação do sistema. Destacam-se, neste aspecto, valores crescentes de taxas e seguros, além de recentes acréscimos no custo operacional quanto ao incremento de linhas e horários feitos após o último cálculo tarifário. A Astransp reivindica, ainda, que para a próxima discussão da planilha do transporte passem a ser consideradas despesas que nunca tiveram contrapartida no cálculo da tarifa, como a responsabilidade com os custos do Sistema Apoio (14 kombis para transporte gratuito, porta a porta, de pessoas com dificuldade de locomoção), além de alguns impostos e outros gastos para controle e modernização do transporte, como aferição de tacógrafos, manutenção de câmeras de segurança, dos validadores da Bilhetagem Eletrônica e do sistema de GPS. 

Outro enorme prejuízo para as associadas da Astransp, e que precisará de solução em breve, é o represamento da renovação de frota nos últimos três anos. Para garantir o que propõe a legislação, com a manutenção de carros com menos de dez anos de uso, em julho será necessária a troca de 84 novos ônibus, ao custo de, aproximadamente, R$ 25 milhões. Mas as empresas alertam que, dificilmente, isso será possível sem uma recomposição tarifária. Vale lembrar que o cálculo realizado, no ano passado - apurado em R$ 2,318, em abril de 2014 -, foi aplicado em apenas R$ 2,25 e só vigorou a partir de outubro de 2014, acumulando ainda mais perdas para o sistema. 

Veja também: 17 de maio de 2015 - 06:00 - Insegurança no transporte urbano
Falha na manutenção é um dos problemas identificados na frota. 
Empresários alegam dificuldades e querem passagem a R$ 2,61

Insegurança no transporte urbano | Tribuna de Minas

www.tribunademinas.com.br/inseguranca-no-transporte-urbano/
XXX 
Washington diz:
Sendo verídicas as informações de que as empresas estão tendo prejuízos, por que não rescindiram os contratos? 

Ônibus trafegam com excesso de passageiros e os usuários do transporte público queixam das precárias condições dos coletivos.

Tem muito angu debaixo desse caroço.

Em princípio quem mais sofre e tem os maiores prejuízos são os passageiros-trabalhadores -eleitores - contribuintes, que pagam e são obrigados a desembarcarem, sem a devolução do valor pago, por um serviço que se diz público.

Há necessidade de uma melhor fiscalização deste, então dito,transporte público.

A Câmara Municipal e seus vereadores também têm a sua parcela de culpa, por sua omissão ou por uma atuação ínfima e ineficaz. 

Em tom cômico podemos dizer: em horários de pico até o motorista dirige em pé e o cobrador divide sua área com os 'enlatados' passageiros.

Há muito que melhorar!!!!!

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