terça-feira, 14 de abril de 2015

Desavença entre enfermeiro e militar vira caso de polícia em Juiz de Fora

14/04/2015 14h18 - Atualizado em 14/04/2015 14h18

Do G1 Zona da Mata
Desavença foi registrada na UPA Norte em Juiz de Fora (Foto: Reprodução/ TV Integração)

Uma desavença entre o parente de um paciente e enfermeiros da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Norte virou caso de polícia em Juiz de Fora. A confusão ocorreu na manhã de terça-feira (14), no Bairro Benfica.

De acordo com relato do militar reformado Jorge Pereira, a equipe demorou para atender o sogro dele que estava passando mal. Ele assumiu que ficou nervoso e discutiu com enfermeiros. Já o enfermeiro Juliano de Souza Gonçalves contou ao MGTV que o militar estava armado e fez ameaças. 

Segundo a assessoria de comunicação da Polícia Militar, uma equipe esteve no local e registrou o caso como ameaça. A ocorrência foi enviada para a Delegacia de Plantão, no Bairro Santa Terezinha, para onde foram enfermeiros, policiais e o advogado responsável pela unidade de saúde. O G1 entrou em contato com a Polícia Civil para ter informações sobre o andamento do caso, mas as ligações não foram atendidas.

Versões
A confusão ocorreu por volta de 6h20 desta manhã, quando o policial militar aposentado Jorge Pereira levou o sogro, de 86 anos, para ser atendido na UPA Norte. O militar afirma que o atendimento teria demorado.

“O atendimento não foi adequado. Os funcionários não deram a atenção devida e eu pedi que para que houvesse uma maca. A atendente disse que tinha uma cadeira do lado. Eu fui e busquei a cadeira e fui ajudado por uma outra pessoa que também aguardava atendimento para o filho”, explicou.

O militar nega ter ameaçado o enfermeiro com uma arma. “Dei voz de prisão em flagrante para ele pela demora no atendimento. Ele se levantou, se exaltou e confundiu a situação ali com a arma e chamou a viatura”, afirmou.

O enfermeiro Juliano de Souza Gonçalves afirmou que foi agredido e ameaçado. “Ele entrou e começou a bater boca comigo. Veio para cima de mim, me empurrou, eu me defendi. Antes ele tinha dito que era polícia e que tinha que ser atendido naquele momento. Em seguida tirou a arma e falou que poderia me matar”, contou o enfermeiro.

De acordo com informações da direção da unidade ao MGTV, não há imagens da confusão porque o circuito de vigilância da UPA Norte não gravou. Segundo a assessoria da Secretaria de Saúde, o sogro do policial militar reformado foi atendido. Ainda conforme a secretaria, o protocolo de atendimento foi respeitado, já que ele deu entrada 6h40 na unidade e às 6h42 passou pela triagem.

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