quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Chuva causa sujeira e alagamento em bairros de Juiz de Fora

28/01/2015 15h25 - Atualizado em 28/01/2015 15h25

Do G1 Zona da Mata

Barro e água empoçada após a chuva no Sagrado Coração (Foto: Ramon Chaia/G1)

A chuva na noite de terça-feira (27) causou sujeira e alagamento em bairros da regiões Sul e Centro de Juiz de Fora. De acordo com a medição automática do 5º Distrito do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), foram 15 milímetros de chuva. No entanto, de acordo com a Defesa Civil, não foram registradas ocorrências graves. Segundo a Cesama, não houve impacto nos mananciais que abastecem a cidade.

A assessoria da Defesa Civil informou que foram registradas duas solicitações, de um alagamento no Bairro Santa Luzia e de uma ameaça de desabamento de muro no Bairro Dom Bosco. Segundo a assessoria, os engenheiros já realizaram vistorias e orientações nos dois locais. Também de acordo com a assessoria, a média de chuva registrada nos 28 pluviômetros da cidade foi 13,26 milímetros. Os maiores registros foram nos bairros Floresta, 77 milímetros, Santa Efigênia, 68 milímetros e São Mateus, 51 milímetros.
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A manhã de quarta-feira (28) foi de limpeza para moradores e comerciantes da Rua Marciano Pinto, no Bairro Sagrado Coração. As bocas de lobo não foram suficientes para o escoamento da água da chuva, nesta manhã ainda havia água e sujeira acumuladas perto das calçadas e lama na rua.

Na frente da mercearia, foi preciso puxar o barro com uma enxada. Os moradores reclamam que a parte da terra desceu de um terreno bem próximo do bairro. “Toda vez que chove é este desespero”, disse o comerciante Luiz Roberto Fernandes. E o prejuízo só não foi maior porque eles tomaram providências, como contou a comerciante Luciana Alonso Fernandes. “As mercadorias, a gente tem que colocar em cima das caixas na hora que vai fechar o mercado porque não sabe se vai chover e se a água vai subir. Toda vez é isso”, reclamou.

Moradores e comerciantes limpam a Rua Marciano Pinto nesta manhã de quarta (28) (Foto: Ramon Chaia/G1)

O representante da empresa de terraplenagem responsável pela obra próximo à rua informou ao MGTV que disponibilizou um caminhão-pipa e uma máquina para fazerem a retirada da lama, no local. E a Secretaria de Obras esclareceu que obras de recuperação da rede pluvial são realizadas na rua. Os técnicos vão aproveitar para limpar os bueiros e tentar identificar as causas do entupimento. "Pedimos a colaboração da população para que não jogue lixo na rua e nem coloque o lixo fora do horário, pois 90% do material encontrado nas bocas de lobo é lixo doméstico. E quando elas estão sujas, impede o fluxo regular das águas das chuvas", ressaltou a assessoria em nota.

No bairro São Mateus, o problema foi o alagamento. De acordo com a moradora Dani Ganimi, o cruzamento da Rua Tietê e Avenida Itamar Franco ficou alagado. Ela disse que é um problema recorrente e considera insuficiente o número de bocas de lobo. Problema semelhante foi registrado pelo morador Ivanir Ribeiro no Bairro Alto dos Passos. Segundo ele, com a chuva, a água encheu a rua rapidamente e carros tiveram dificuldade de passar no trecho. Nos dois casos, a assessoria da Secretaria de Obras garantiu que todos os bueiros foram limpos tanto no São Mateus quanto no Alto dos Passos. Sobre a reclamação do São Mateus, a assessoria explicou que o alagamento na região foi porque choveu muito em pouco tempo.

E no Bairro Cascatinha, o morador Angelino Fernandes Silva enviou fotos da Rua Itamar Soares de Oliveira alagada na noite de ontem. Segundo ele, foi a segunda vez neste ano que o problema foi registrado e o motivo seria a necessidade de limpeza nas bocas de lobo. Segundo a assessoria da Secretaria de Obras, o diâmetro da rede de drenagem desta rua é pequeno e quando o volume de chuva é elevado em curto espaço de tempo, como foi nesta terça, é registrado o alagamento. No entanto, assessoria ressalta que a rede funciona porque a água escoa de forma rápida. Em relação às boca da lobo, a secretaria afirma que há a limpeza, mas a população suja com lixo doméstico. Por isso, a secretaria solicita o apoio das pessoas no descarte correto do lixo.


Morador flagrou alagamento durante a chuva em rua do Bairro Cascatinha (Foto: Angelino Fernandes Silva/arquivo pessoal)

Mananciais
A chuva da noite de terça (27) não teve impacto significativo sobre os mananciais que abastecem a cidade. De acordo com a assessoria da Companhia de Saneamento Municipal (Cesama), as represas Dr. João Penido, Chapéu d’Uvas e São Pedro continuam operando, respectivamente, com 29%, 41% e 75% de sua capacidade total de armazenamento. Além disso, o Ribeirão do Espírito Santo, que é um manancial de passagem, mantém a vazão sem comprometimento para seu uso.

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