sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Secretário de Segurança Pública exonera comandante-geral da PM do Rio

07/11/2014 17h15
Rio de Janeiro
Da Agência Brasil Edição: Fábio Massalli

O secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, anunciou na tarde de hoje (7) a exoneração do comandante-geral da Polícia Militar (PM) do Rio, coronel José Luís Castro Menezes. A gestão de Castro foi marcada por denúncias envolvendo a cúpula da corporação, mas segundo Beltrame, a opção de exonerar o comandante foi tomada por problemas de ordem pessoal e de saúde.

O novo comandante, que irá assumir o cargo no dia 2 de janeiro de 2015, será o coronel Alberto Pinheiro Neto, que estava na reserva. Beltrame garantiu que não ocorrerão mudanças no comando da Polícia Civil e que está sendo feito um diagnóstico específico para as unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). A mudança no comando-geral começa a partir de hoje e o coronel Ibis Silva Pereira vai assumir interinamente o cargo. Segundo Beltrame, é um momento bom para se fazer qualquer tipo de mudança e o novo comandante vai seguir tomando decisões que ele entende como emergenciais para a chegada no novo comando de Pinheiro Neto.

"Eu acho que é um momento oportuno de se fazer mudanças, de se criar novos projetos, de se gerar novas esperanças nas pessoas e fazer os devidos ajustes. A Polícia Militar tem propostas interessantes, propostas estruturantes, propostas de mudanças sérias de paradigma, mudanças inclusive legislativas. Mudanças que já estão combinadas, tratadas com o novo comando, porém essas informações serão dadas pelo comandante-geral quando assumir", explicou.

O secretário de Segurança explicou que o coronel Pinheiro Neto sempre foi uma alternativa e que o trabalho dele é conhecido. “Nós entendemos que em momento de mudança, ele tem o perfil exato para que a gente avance no que se refere à Polícia Militar", disse. 

A Polícia Militar também terá mudanças na legislação e que podem ter sido motivadas depois dos casos envolvendo policiais como o coronel Alexandre Fontenelle, preso em setembro deste ano, acusado de chefiar um esquema de propina na região do 14º Batalhão da Polícia Militar (Bangu), e o tenente-coronel Dayzer Corpas Maciel, em março deste ano, por envolvimento no sequestro de traficantes na Ilha do Governador.

"Eu não posso adiantar as mudanças, pois são ideias do atual comando, mas tem a ver com correção. Eu acho que os episódios que aconteceram, sem dúvida nenhuma, estremecem o comando ou a figura de qualquer pessoa que está no centro desse tipo de discussão. Agora a troca se deu porque nós temos um momento de virada, um cenário político que vai ser continuado e eu acho que nós precisamos avançar, que nós precisamos mostrar para a sociedade outros sonhos, outras propostas", explicou Beltrame.

De acordo com o secretário, estão em andamento investigações sobre os assuntos internos e outros trabalhos estão sendo feitos. Segundo Beltrame, não há nada de concreto nas investigações até então feitas que desmoralizem o trabalho de Castro e de seu comando. "Quem tiver que prestar contas à Justiça, vai prestar. Quem tiver que sair, vai sair, e isso está sendo feito", ressaltou.

Agência Brasil

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