REDAÇÃO
04 Novembro 2014 | 16:11
Por Julia Affonso
Internautas estão tentando ajudar a agente de trânsito Luciana Tamburini, de 34 anos, a pagar uma indenização de R$ 5 mil a um juiz, no Rio. Em fevereiro de 2011, a servidora trabalhava na Operação Lei Seca no Leblon, zona sul do Rio, quando parou o magistrado em uma blitz. Para a Justiça fluminense, a agente agiu com abuso de poder ao abordar o juiz, que estava sem a carteira de motorista e conduzia um carro sem placas e sem documentos. Na semana passada, ela foi condenada por danos morais.
A baiana Flavia Penido, 45, criou uma vaquinha online para arrecadar o valor da indenização. Até as 15h desta terça-feira, 4, o movimento havia conseguido juntar cerca de R$ 1 mil. Luciana é servidora do Detran e recebe mensalmente R$ 3.700. Depois do episódio, ela passou a trabalhar internamente.
“Estou ali para fazer cumprir a lei, então, vou fazer direito e igual para todo mundo. É muito difícil, porque se eu não faço a multa, eu prevarico. Se eu faço, eu estou errada”, conta ela.
Operação Lei Seca. Foto: Marcos de Paula/AE
Na sentença, o desembargador responsável pelo caso afirma que a servidora ofendeu o juiz, “mesmo ciente da relevância da função pública por ele desempenhada”. Ela teria dito que ele era “juiz, mas não Deus”. Segundo a Justiça, diante das irregularidades do juiz, Luciana o alertou sobre a proibição de continuar com o carro e da necessidade de apreensão do veículo. Ela teria alegado que irritado, o magistrado se identificou como juiz e lhe deu voz de prisão, determinando que ela fosse conduzida à delegacia mais próxima.
“Dessa maneira, em defesa da própria função pública que desempenha, nada mais restou ao magistrado, a não ser determinar a prisão da recorrente, que desafiou a própria magistratura e tudo o que ela representa”, diz a sentença. “Além disso, o fato de recorrido se identificar como Juiz de Direito não caracteriza a chamada “carteirada”, conforme alega a apelante.”
No processo, o juiz parado na blitz afirma que estava voltando do plantão judiciário noturno. Ele nega ter ofendido a agente.
“Não é agradável você estar trabalhando de madrugada multando e rebocando o carro dos outros. Nem para a gente, nem para os motoristas. É o nosso trabalho, a gente tem que fazer e bem feito. Não quero que isso incentive às pessoas a trabalharem com medo”, diz ela.
http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/internautas-fazem-vaquinha-para-agente-de-transito-pagar-indenizacao-a-juiz/
Este mesmo juiz tem um currículo extenso RIO - O juiz João Carlos de Souza Correa, da 1ª Vara de Búzios, na Região dos Lagos - que está sendo investigado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) após uma série de decisões polêmicas em processos sobre disputas fundiárias na região -, sofreu nesta terça-feira uma derrota na Justiça. A 2ª Câmara Cível julgou procedente o pedido de apelação da sentença que condenava a jornalista e professora Elizabeth Peres da Silva Prata, presidente da ONG Ativa Búzios, por calúnia e difamação. A ação contra a professora tinha sido movida pelo juiz, que ainda pode recorrer da decisão desta terça. Em 2007, o magistrado deu voz de prisão à jornalista quando ela divulgou uma carta aberta aos moradores de Búzios relatando supostas irregularidades praticadas por João Correa. Entre elas, a jornalista citava a sentença proferida pelo juiz anulando o tombamento provisório de bens culturais e naturais no litoral de Búzios,
ResponderExcluirAbuso de autoridade foi o Juiz que cometeu, assim como todos os que estão no poder e tem "alguma autoridade". Infelizmente o Brasil esta entregue há estes parasitas que se acham " Deus" e tudo pode fazer, por sua vez a justiça passa a mão na cabeça e degrine a imagem de uma profissional.
ResponderExcluirÉ lamentável essa situação que o Brasil esta!
Vergonha de ser Brasileiro, sinceramente!!