segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Triplica a adesão feminina às Forças Armadas no país

06/10/2014
No ar. Capitão-aviadora Daniele Lins, piloto de caça da FAB, integra a lista de mulheres militares

PUBLICADO EM 06/10/14 - 03h00

São Paulo. Daniele Lins, 30, põe seus brincos e faz um coque para colocar o capacete. Caminha pelo quartel até a pista de aviões da base aérea de Santa Cruz, no Rio. Em sua rotina diária, comanda um avião em missões que a preparam para situações de guerra. Piloto de caça da Força Aérea Brasileira, a capitão-aviadora engrossa as estatísticas que apontam aumento de 205% no número de mulheres nas Forças Armadas do país nos últimos 14 anos.

Os dados que mostram o aumento da presença feminina num ambiente notadamente masculino são parte de um estudo do Instituto Igarapé, especializado em segurança pública, segundo a “Folha de S.Paulo”.

Elas representam hoje 7% do efetivo, formando uma tropa de 23.787 mulheres distribuídas entre Exército, Aeronáutica e Marinha. Em 2001, eram 7.804 (3% do total). A evolução masculina no mesmo período é bem menor (30%) – de 258.958 para 335.348 militares.

Igualdade. Mesmo diante do aumento, a doutora em estudos internacionais Renata Avelar Giannini, responsável pelo trabalho, diz que há muito o que avançar na igualdade entre gêneros na caserna.

Como não há serviço militar obrigatório para mulheres, a evolução só ocorreu porque elas se interessaram pela carreira. As três forças recebem, em geral, profissionais para as áreas de saúde, direito e administração.

A maioria ainda não tem formação para o combate. “Países como Argentina, Uruguai e Colômbia têm abertura total às mulheres”, afirma a pesquisadora, para quem é necessário dar fim à visão estereotipada de que elas não são aptas para o serviço.

Lei sancionada pela presidente Dilma Rousseff (PT) prevê que até 2017 seja uma realidade a presença de mulheres com fuzis nas mãos ou dentro de tanques.

Os números

205% foi o aumento de mulheres nas Forças Armadas em 14 anos

30% foi o aumento de homens no mesmo período

7% é o efetivo feminino das Forças Armadas.

Fonte Jornal O Tempo

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