segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Manifestantes contrários a premiê invadem TV estatal no Paquistão

01/09/2014 

Da Reuters

Policiais paquistaneses fogem de manifestantes após confronto perto da casa do primeiro-ministro nesta segunda (1º) (Foto: AFP PHOTO/Asif HASSAN)

Manifestantes opositores do governo do Paquistão invadiram nesta segunda-feira (1º) a televisão estatal PTV, no centro da capital Islamabad, e tiraram o canal do ar, segundo anunciou a cadeia.

“Eles invadiram o escritório da PTV”, disse um âncora antes de a transmissão sair do ar.

A TV transmitia a multidão de homens que invadia seu prédio antes de sua transmissão ser interrompida.

O exército foi chamado para restaurar a ordem e entrou no edifício sem sinal de violência, segundo reportaram outros canais. Os manifestantes fora retirados do prédio por paramilitares.

Depois, a transmissão do canal voltou ao ar.

Outro canal de TV, o Express, chegou a mostrar imagens de dentro do edifício com os manifestantes - alguns usavam máscaras de gás. Não havia sinal de violência.

Uma fonte da PTV disse à Reuters que os manifestantes ocuparam a principal sala de controle e danificaram alguns equipamentos.

Manifestantes também chegaram perto da casa do primeiro-ministro Nawaz Sharif nesta segunda, na tentativa de forçar a sua renúncia. A polícia lançou bombas de gás lacrimogênio, mas recuou quando os manifestantes, segurando pedaços de madeira, avançaram em direção à casa.

Não está claro se Sharif estava em sua casa no momento. Neste sábado, manifestantes também tentaram alcançar a sua casa, mas foram dispersados pela polícia.

Os protestos pela renúncia do premiê eclodiram há um mês e tornaram-se mais violentos neste sábado, com pelo menos três pessoas mortas.

O país vive um momento de impasse político, no qual o político e ex-jogador de críquete Imran Khan e o clérigo Tahir-ul-Qadri lideram protestos que pedem pela renúncia do primeiro-ministro Nawaz Sharif. Eles alegam que houve fraude nas eleições que o levou ao cargo no ano passado e que foi a primeira transferência democrática de poder.

Em um país em que o poder mudou de mãos por golpes militares em vez de eleições, o Exército tem papel fundamental em como os conflitos se desenrolam, no entanto ainda não interveio diretamente.
Manifestantes com pedaços de madeira avançam perto da casa do primeiro-ministro nesta segunda-feira (1º) (Foto: AFP PHOTO/Asif HASSAN)
G1

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