quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Polícia Civil indicia envolvidos na morte de PM em Tocantins, MG

27/08/2014 12h08 - Atualizado em 27/08/2014 12h55

Do G1 Zona da Mata

Já foram enviados para a Justiça em Ubá os inquéritos dos autos de flagrantes relativos ao assassinato do policial militar de 36 anos, na cidade mineira de Tocantins, no dia 12 deste mês. Segundo o delegado responsável pelo caso, Gustavo Barbosa Vieira, todos foram indiciados pelo crime. “Formação de quadrilha, homicídio qualificado, delito de lei de armas, furto da motocicleta usada no crime e receptação”, enumerou. Os três jovens de 20, 21 e 23 anos estão presos no Complexo Penitenciário Nélson Hungria, em Contagem, para onde foram transferidos no dia 15 de agosto.

De acordo com o delegado Gustavo Barbosa Vieira, são vários inquéritos relativos ao caso e todos foram fechados e remetidos à Justiça no início desta semana. “O jovem de 23 anos foi indiciado por participação material porque forneceu a moto e as armas usadas no crime. Os outros dois jovens de 20 e 21 anos foram indiciados pela execução”, explicou.

Ainda segundo o delegado, todos vão responder por homicídio qualificado, pois pretendiam cometer uma vingança na noite do dia 12 e o policial foi morto por atrapalhar o plano. “Nos autos constam que eles queriam matar os autores dos disparos contra a casa da mãe do jovem de 23 anos. Ao atender a ocorrência de trânsito, o policial militar se tornou um empecilho na execução da vingança. Por isso, ele foi morto. Eles não se importaram com a vida de ninguém. Eles pretendiam abater à bala fosse quem fosse”, afirmou o delegado.

O delegado agora investiga mais uma ocorrência relacionada à sequência que levou à morte do PM. “Temos evidências de que o assassinato do adolescente de 16 anos no dia 18 está ligado ao crime. A investigação encontrou fatos que apontam que esse adolescente teria participado dos disparos na casa do jovem de 23 anos e seria a vítima da vingança no dia 12, quando o policial foi morto”, afirmou o delegado. Sobre este crime, o inquérito ainda está em andamento. “O adolescente de 16 anos foi atraído para um local, onde foi executado a tiros por dois suspeitos, um deles também adolescente. Os dois ainda estão foragidos”, afirmou Gustavo Barbosa Vieira.

De acordo o delegado, agora faltam os casos das pessoas autuadas como cúmplices e que esconderam os suspeitos em um casa onde foram encontradas drogas. "No dia 13 de agosto prendemos um cúmplice de 36 anos que escondeu um dos suspeitos da morte. No dia 14 localizamos outros dois envolvidos no crime em uma casa, onde havia drogas e outras duas pessoas, incluindo uma mulher. Todos foram autuados por esconder os suspeitos e também por tráfico de drogas”, comentou o delegado na semana passada ao G1. Os outros cinco envolvidos continuam presos no presídio de Ubá.

Policiais fizeram protesto em Juiz de Fora após a morte do colega em Tocantins
(Foto: Reprodução/TV Integração)

Comoção
O policial militar fazia patrulhamento em uma moto por volta das 19h de terça-feira (12) quando, conforme a polícia, foi informado por populares que havia dois suspeitos fazendo manobras irregulares com uma moto pelas ruas do Centro. Ao localizar a dupla na Rua Prefeito Conrado Robert, o soldado deu ordem de parada, mas um dos suspeitos efetuou dois disparos contra ele. A vítima foi atingida com um tiro no rosto e outro no pescoço. Em seguida os suspeitos fugiram do local.

Após o crime, em dois dias suspeitos de participação e de acobertar os envolvidos foram detidos em Tocantins. O soldado tinha seis anos de carreira na Polícia Militar e pertencia ao batalhão de Ubá, mas estava locado em Tocantins. Ele foi enterrado no dia 14, no Cemitério Municipal de Juiz de Fora, cidade onde morava a família. Após o sepultamento, policiais militares fizeram uma manifestação pela morte do colega de trabalho.

Os três jovens envolvidos na morte do policial militar no município de Tocantins, na Zona da Mata, foram transferidos no dia 15 de agosto do Presídio de Ubá para o Complexo Penitenciário Nelson Hungria, em Contagem, por questão de segurança. A assessoria da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) informou, por meio de nota, que as transferências de presos são determinadas pela Superintendência de Administração Prisional (Suapi) por meio da Superintendência de Articulação Institucional e Gestão de Vagas e ocorrem por diversos motivos operacionais. No caso citado, a ação teve o objetivo de garantir a integridade física dos presos.

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