sábado, 10 de maio de 2014

O analfabetismo, registrado em 13 milhões de brasileiros, somado às dificuldades de aprendizagem e do domínio em matemática

10 maio 2014                   ENQUANTO ISSO... - Carlos Ivan

BAIXA QUALIDADE

Não adianta florear, disparar intencionais discursos, disfarçar a verdade porque a prática desfaz a maquiagem. O cotidiano apaga os sonhos, mancha os ideais. Faz tempo, as estatísticas relacionadas à qualidade do ensino no Brasil confirmam a vergonhosa realidade. Indicam que a imagem da educação brasileira permanece censurada. Sem qualidade. Para desgosto e decepção da população.
Recentemente um segmento da revista britânica The Economist, a Pearson, divulgou o novo quadro mundial sobre práticas pedagógicas. Infelizmente, na referida avaliação, o Brasil repetiu a nota baixa de anos anteriores. Ocupa novamente incômoda posição no ranking mundial sobre a qualidade educacional. Dentre 40 países analisados, a educação brasileira ficou no 38º lugar. Pulou somente um pontinho, tomando o lugar que anteriormente pertencia ao México. Seguido da Indonésia, na ralé.

O analfabetismo, registrado em 13 milhões de brasileiros, somado às dificuldades de aprendizagem e do domínio em matemática, provam que o Brasil precisa apressar um novo Plano Nacional de Educação, vencido desde 2011. Não se sabe por que cargas d’água, o novo projeto parou em algum lugar do Congresso Nacional. Sem dar sequer um passo.

O maior defeito do Brasil é não priorizar o item educação. Não investir o necessário, apesar de dispor de recursos para levantar a moral do sistema educacional. Enquanto a educação pública ficar sob a gestão de prefeituras, nem sempre qualificadas no assunto, enquanto o país viver esbanjando gastos em outros setores, desviar verbas para favorecer determinados segmentos empresariais, sem transparência, a educação permanecerá abaixo da crítica. Inexpressiva. 

Ora, qualquer dinheiro investido em educação tem retorno garantido. Mais cedo ou mais tarde o país que investir com decência no ensino, qualificando a população com conhecimentos técnicos, estará atraindo desenvolvimento. Afinal, habilitando pessoal a produtividade aparece. Puxa o Produto Interno Bruto pra cima que, uma vez acionado, contribui para melhorar a distribuição de renda no país. Fomentando o ciclo produtivo.

É evidente que toda mudança necessita de planificação antecipada. Na educação, então, não há novidades. A lição é a mesma. Valorizar o magistério, renovar a velha e cansada infraestrutura, mantendo o aluno em tempo integral nos estudos, modernizar a metodologia de aprendizado. Convém lembrar que o computador, atualmente, é mais útil do que o ultrapassado quadro negro. Até as bibliotecas, por incrível que pareça, são imprescindíveis. Novidade apara a maioria das escolas brasileiras.

O que atrapalha o nível de educação no Brasil são as desigualdades. Desumanas, as desigualdades impedem a aprendizagem, aumentam a taxa de reprovação. Favorecem a evasão escolar. Elevam o abandono dos estudos. Desviando o caminho da cultura. Da capacitação para favorecer o ócio

Países como a Coreia do Sul, Japão e Cingapura, desbancaram a Finlândia, outrora o melhor exemplo de educação no mundo, dedicando maior atenção à educação. Com isso, os asiáticos melhoraram o estudo, ampliaram o nível cultural e a produtividade em suas economias. A estratégia de modernizar o sistema educacional, abrindo as portas do ensino fundamental e o médio para a molecada, deu certo. 

O resultado, aliado à mão de obra barata, à isenção de impostos como incentivo fiscal às multinacionais, atraíram capital externo. A partir de 1980, então, os países asiáticos ganharam projeção econômica mundial. Atualmente, lideram em desenvolvimento sustentado.

Diante do fracasso educacional, o Brasil tem de abrir os olhos. Entender que estudo e produtividade são aliados inseparáveis para garantir o amplo sucesso produtivo. Perceber que o problema tem inicio é na formação básica. Item relaxado no conceito brasileiro.

Apesar de dispor de recursos para impulsionar a educação, como um todo, somente uma minoria consegue habilitação técnica. Daí a baixa produtividade reinante no país. Os péssimos resultados.

Besta Fubana-  http://www.luizberto.com/

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