01/04/14
CAROLINA CAETANO
NATÁLIA OLIVEIRA
A Polícia Militar de Tapira, no Alto Paranaíba, está à procura de 11 criminosos que explodiram três caixas eletrônicos na madrugada desta terça-feira (1º). Durante a ação, eles ameaçaram os moradores, roubaram o carro de um homem e ainda queimaram um veículo para que o deslocamento da polícia fosse dificultado.
De acordo com a corporação, os ataques aconteceram por volta de 2h em um terminal da Caixa Econômica Federal, que fica dentro de um posto de combustíveis, e em dois caixas de uma agência do banco Sicoob na avenida Geraldo Tomás de Aquino, no centro do município.
Populares informaram à polícia que os criminosos estavam armados com fuzis e davam tiros para o alto. Os suspeitos ainda gritavam que quem saísse para ver a ação seria morto. Depois do ataque, os homens fugiram em uma Ranger de cor prata, uma Amarok preta, uma L200 branca, que foi roubada de um morador, e um outro carro escuro.
Os ladrões fugiram em uma estrada vicinal que dá acesso à Usina dos Peixotos, área que faz divisa com São Paulo. Um Citroën foi queimado na entrada da cidade. Ninguém ficou ferido.
O valor levado ainda não foi divulgado. Próximo ao local das explosões, policiais encontraram cápsulas de calibres .556, 38, 9mm, 380 e 12.
Integrantes do Batalhão de Radiopatrulhamento Aéreo da Polícia Militar (Corpaer) de Uberlândia ajudam nas buscas aos criminosos. Moradores da região estão assustados com o crime. "A cidade tinha um ar de tranquilidade, mas agora estamos vendo a criminalidade crescer cada vez mais e isso nos assusta muito. Temos medo de ser vítima desses criminosos ou de alguma troca de tiros", relatou o aposentado João Dias, 72.
As explosões de caixas eletrônicos no interior de Minas estão cada vez mais comuns. No fim de fevereiro uma operação das polícias civil de São Paulo e a de Minas Gerais terminou com um tiroteio e a morte de dez integrantes de uma quadrilha suspeita de assaltos a caixas eletrônicos no interior do Estado. Segundo a polícia, eles pretendiam explodir outros caixas do interior de Minas.
A reportagem de O TEMPO questionou à Polícia Civil se os ataques em Tapira podem estar relacionados a outros integrantes foragidos da quadrilha ligada ao tiroteio em Itamonte e aguarda resposta do órgão. Atá a tarde desta terça-feira (01) ninguém havia sido preso pela polícia.
Após a morte dos criminosos uma série de ataques à ônibus e as casas de agentes penitenciários e de diretores de presídio foram registradas nas cidades de Itajubá e de Poços de Caldas, ambas próximas a Itamonte. No entanto, a polícia descartou a relação entre os crimes e as mortes dos integrantes da quadrilha.
Outros casos
Em Itajubá ocorreram uma série de ataques, o mais recente foi na última sexta-feira (28) quando foram disparados oito tiros na casa de um agente penitenciário. Um jovem de 21 anos foi preso suspeito do crime.
Na cidade no último dia (18) a casa de um agente penitenciário e de um diretor do presidio da cidade foram atingida por seis e quatro disparos respectivamente e um ônibus da cidade incendiado.
Um outro agente penitenciário de Itajubá sofreu um ataque no fim da noite do dia 11 de março. O homem foi seguido e bandidos atiraram contra a casa da namorada dele. No dia 6 do mesmo mês, em Poços de Caldas, a cerca de 160 quilômetros de Itajubá, a casa de um ex-agente penitenciário foi alvo de sete tiros.
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