14/04/2014 às 16:03
Como vocês sabem, o governo do PT já tem uma grande obra portuária, certo? Em Cuba! Aliás, o PAC que verdadeiramente funciona é este: “Plano de Apoio a Cuba” — ou, mais precisamente, à ditadura cubana, já que aquele pobre país continua vítima de uma tirania asquerosa — um dos poucos das Américas que ainda prendem pessoas por delitos de opinião. Os outros são Venezuela, Bolívia e Equador, todos eles “companheiros dos companheiros”, todos eles apoiados incondicionalmente pelo governo brasileiro.
Eis aí: o BNDES enfiou US$ 682 milhões no porto de Mariel, em Cuba — inaugurado por Dilma Rousseff em janeiro deste ano —, e o tirano Raúl Castro usou aquela estrutura para tentar vender armas à Coreia do Norte. Não! Mude-se o verbo: o certo não é “vendeu”. O anãozinho comprovadamente assassino, que tiraniza a ilha, usou uma obra financiada pelo BNDES para fazer tráfico internacional de armas.
É um vexame internacional! O Conselho de Segurança da ONU tem tudo documentado. Havia a clara orientação, como informa a reportagem de Gabriel Castro (post anterior) para esconder a operação. Não fosse o flagrante dado pelo governo do Panamá quando o navio atracou no porto de Manzanillo, no lado atlântico do canal, a ditadura do outro anãozinho tarado, Kim Jong-un, teria recebido a carga, contrariando leis internacionais. O que isso significa? Ao financiar um porto em Cuba, contribuindo para romper o relativo isolamento do regime ditatorial, o Brasil se torna uma espécie de sócio de suas bandalheiras.
Estamos diante de mais uma evidência de desastre da política externa brasileira. E não adianta vir com a história de que o Brasil não pode se responsabilizar pelas porcarias feitas pelo governo cubano. Quem mete a mão em cumbuca sabe que está correndo risco. O pretexto supostamente meritório para financiar o porto de Mariel é humanitário. Vejam lá o que Raúl Castro está fazendo com a generosidade brasileira.
O chato é que a tramoia está devidamente documentada no Conselho de Segurança da ONU, aquele mesmo órgão em que o Brasil anseia um assento permanente. Dá para entender por que ele não vai chegar tão cedo?
Por Reinaldo Azevedo
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