30/01/2014
Do G1 GO, com informações da TV Anhanguera
A Polícia Militar (PM) implantou um projeto para incentivar as apreensões de armas de fogo nas cidades e, consequentemente, diminuir a criminalidade nas cidades goianas do Entorno do Distrito Federal. Segundo a proposta, o policial ganhará três dias de folga a cada equipamento recolhido.
De acordo com a PM, a maioria dos casos de homicídio e assaltos registrados nas cidades a região tem o uso de armas. Em 2013, foram apreendidas 505 armas na região – índice 23% maior do que o de 2012, quando foram recolhidas 412. “O número é tão significativo que essas 500 armas dariam para abastecer três batalhões da PM no estado”, afirmou o tenente Thiago Brasil.
Para aumentar ainda mais as apreensões, a proposta visa que os policiais intensifiquem as abordagens e operações. “Dentro desse princípio de motivação para o recolhimento de armas, por consequência, o agente acaba prendendo foragidos da Justiça, traficantes e assaltantes que estavam prontos para cometer crimes”, explicou o comandante da PM em Luziânia, tenente-coronel Heber Souza.
A maioria das armas apreendidas é revólver, mas, segundo a polícia, as apreensões de pistolas de uso restrito têm aumentado na região nos últimos anos. O material apreendido é levado para as delegacias e batalhões da PM. O delegado Rafael Pareja explica que, quem for preso por porte ilegal de armas, pode pegar até seis anos de prisão “Se for uma arma de uso permitido, mas que ela não tem registro, a pena pode ser de até quatro anos. Mas se for um equipamento de uso restrito, ou com numeração raspada, a pena é maior”, disse.
As pessoas que já foram vítimas de criminosos armados aprovaram a medida. Há mais de cinco anos, o técnico em eletrônica Adoniram Portela recebeu uma coronhada na nuca durante um assalto. Apesar do tempo, ele afirma que esse é um trauma difícil de superar. “É uma coisa complicada. Após uma pancada na minha cabeça, passei a mão e vi o sangue descendo. Nunca mais conseguir esquecer e acho justo que os policiais sejam incentivados a recolher as armas”, disse.
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