17 de Dezembro de 2013 - Juiz de Fora
Foi acautelado na noite desta terça-feira (17) o suspeito de ter efetuado um tiro na boca de uma adolescente, 14 anos, durante uma chopada, entre o final da noite de sábado e o início da madrugada de domingo, em um sítio próximo ao Bairro Santa Cruz, Zona Norte. A medida foi tomada pela juíza da Vara da Infância e da Juventude, Maria Cecília Gollner Stephan, depois de o adolescente, 15, ter confessado na delegacia de Polícia Civil que foi o autor do disparo.
O suspeito se apresentou na tarde desta terça, na companhia de sua mãe, à Delegacia Especializada de Homicídios e Antidrogas. De acordo com informações da Polícia Civil, o adolescente, que é morador do Bairro São Damião, negou que o motivo do tiro tenha sido a menina ter se recusado a beijá-lo. Em depoimento, o jovem disse que já foi para a festa armado com um revólver calibre 32, e que ele e outros participantes efetuaram diversos tiros para o alto como forma de intimidação. Um dos tiros teria acertado a jovem, que estaria no segundo andar da casa onde ocorria o evento.
A adolescente baleada, que teve alta na segunda-feira, confirmou a versão contada pelo suspeito. Ela também prestou depoimento nesta terça e afirmou que não conhecia o jovem. Segundo informações passadas pela especializada, a garota afirmou que só notou que havia sido baleada quando viu sua boca sangrando. Ela foi levada para o Hospital de Pronto Socorro (HPS) por pessoas que estavam na chopada.
No domingo, a PM encontrou no sítio um recipiente pequeno com cocaína e um frasco de substância conhecida como "cheirinho da loló". Quando os policiais chegaram ao imóvel, o mesmo já estava fechado, e os frequentadores haviam sido dispersados pela proprietária do espaço. O filho da proprietária, 17, acabou apreendido em flagrante pela PM por suspeita de ser o organizador do evento. Ele foi conduzido à 1ª Delegacia Regional de Polícia Civil e não teve o auto de apreensão em flagrante confirmado.
O adolescente suspeito de ter atirado disse, ainda, que teria comprado o armamento de um caminhoneiro no Bairro Santa Cruz e que pagou R$ 400 por ele. Em depoimento, o jovem também afirmou que para entrar na festa sem pagar teria exibido o revólver. A Polícia Civil informou que ele teria alegado ter comprado o revólver para matar quem o incomodasse. De acordo com o coordenador do Comissariado de Menores da Vara da Infância e Juventude, Maurício Gonçalves Alvim, o adolescente foi levado ainda nesta terça para o Centro Socioeducativo. A Delegacia Especializada de Homicídios e Antidrogas vai ouvir nesta quarta a proprietária do sítio onde ocorreu a festa.
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