18/10/2013 - Juiz de Fora
As quadras das escolas de samba Real Grandeza e Turunas do Riachuelo foram interditadas nesta semana por falta de documentação exigidas pela legislação e estão impossibilitadas de realizarem novos eventos. Na manhã desta sexta-feira (18), funcionários da Secretaria de Atividades Urbanas (SAU), juntamente com o Corpo de Bombeiros, estiveram na sede da Real Grandeza para realizar a interdição, que dura por tempo indeterminado. O principal motivo está relacionado com a falta do auto de vistoria do Corpo de Bombeiros. Na terça-feira, o Turunas foi temporariamente fechado em um ação isolada da SAU.
Por meio de nota, a secretaria informou que ambas as ações ocorreram pela falta de documentação relativa às exigências contidas na legislação vigente. Segundo o subcomandante da Companhia de Prevenção e Vistoria do Corpo de Bombeiros, tenente George Santana, no caso da Real Grandeza, uma advertência foi emitida à escola pela corporação em julho de 2011. Após esta primeira notificação, a escola entrou com um projeto de regularização do auto de vistoria. "Depois disso, eles (Real Grandeza) ficaram muito tempo parados e sem movimentar o projeto. Pela persistência nas irregularidades, conforme consta na legislação, no início do ano emitimos a primeira multa", conta. Em agosto, foi enviada a segunda penalidade, no valor de R$ 2.001,28. "Passados 30 dias, já teríamos permissão de fechar o local, o que acabou acontecendo."
Conforme explica o assessor de comunicação do 4º Batalhão de Bombeiros Militar (4ºBBM), capitão Marcos Moreira Santiago, caso haja descumprimento na determinação, os proprietários podem ser detidos por desobediência. "Enquanto não apresentarem o projeto e ele passar por aprovação, a casa não pode funcionar", diz.
Segundo o presidente da Real Grandeza, Luiz Carlos Masson, já existe o projeto de regularização, em fase de finalização técnica. "A quadra está toda reformada, arrumada e com uma ótima estrutura. Contratamos empresa de engenharia credenciada para realizar o projeto e agora estamos aguardando a aprovação e vistoria do Corpo de Bombeiros." Contudo, de acordo com o tenente Santana, o projeto está em tramitação com a empresa responsável desde o dia 11 de junho e ainda não foi devolvido à corporação para análise.
Ainda de acordo com o tenente, outras casas de shows estão sendo periodicamente avaliadas e há possibilidade de novas interdições. "Atualmente, apenas a boate K2 permanece interditada. As outras que fechamos já regularizaram a situação", explica.
Evento é mantido
O presidente do conselho deliberativo do Turunas, José Adriano da Silva, explica que a escola está trabalhando para regularizar a situação. Ele acrescenta que, apesar da interdição, o evento programado para esta sexta na sede da escola foi autorizado pela Prefeitura. Segundo o assessor do secretário da SAU, Paulo César Mariano, a direção do Turunas acionou o órgão pedindo a liberação do evento de moda em virtude do baixo público que estará presente. "Liberamos o evento por não demandar alta produção musical. Em seguida, o local será interditado novamente", explica.
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