Operação Esopo expõe alianças obscuras no Governo de Minas
Irregularidades comprovam que fidelidade partidária conseguida pelo PSDB era fruto da guarita de ilícitos na máquina pública e divisão do Estado
Após uma semana da deflagração da “Operação Esopo” e com a divulgação de quem estaria por trás das irregularidades praticadas, colhe-se as primeiras conclusões. A quase unânime participação das siglas partidárias, na base aliada do Governo do Estado não tinha como princípio questões ideológicas ou mesmo programáticas.
Tratava-se da divisão do governo entre os partidos aliados na modalidade de “Franquia”, onde cada um explorava o status e nome do Estado nos negócios que conseguiam. No caso dos partidos da base aliada do governo federal, projetos e programas conquistados eram administrados pelas pastas entregues á franqueados que tinham a autonomia plena para negociar com os ministérios ou secretarias que patrocinavam o programa.
Na verdade, não existia Governo eram grupos partidários e políticos que compunham a aliança que comandavam seu pedaço sem qualquer controle ou subordinação da máquina pública estadual. Anastasia era algo como a rainha da Inglaterra que “Reina mais não Governa”. Tanto é verdade que 89% do atual orçamento do Estado é fruto de convênios que diante das investigações se mostram como são operados.
Segundo analistas políticos, agora se explica o motivo do apoio que o senador Aécio Neves tinha de partidos da base aliada do governo federal, a exemplo de parte do PT que o apoiou na escolha de Márcio Lacerda para prefeitura de Belo Horizonte. As lideranças do PDT, PSD e outras siglas em Minas Gerais que apóiam Aécio vão a cada dia sendo expostas pelas operações da Polícia Federal e do Ministério Público.
Se no passado acusaram Tancredo Neves de através de Helio Garcia ter instituído como moeda de troca a desordem e corrupção através da entrega de cargos técnicos a políticos despreparados culminando com o desmonte de diversas Secretarias de Estado e fechamento da MinasCaixa, BEMGE, Crediral e outros patrimônios do Estado para financiar sua candidatura indireta a presidência da República, agora seu neto resolveu entregar o Estado.
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