quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Polícia apreende 600 máquinas caça-níqueis e R$ 500 mil em operação

21/08/2013 12:51:38 - Atualizada às 21/08/2013 17:33:52
CAIO BARBOSA

Rio - A operação Perigo Selvagem, deflagrada na manhã desta quarta-feira pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público e a Polícia Militar, prendeu, até o momento, 22 pessoas, sendo um tenente-coronel, um capitão, sete PMs, dois agentes penitenciários, quatro ex-PMs e outros seis acusados. A polícia também apreendeu 600 máquinas, 500 monitores, 58 veículos e cerca de R$ 500 mil em espécie.
PMs prenderam Marcos Gonçalves Pinto durante operação de combate ao crime organizadoFoto: Alessandro Costa / Agência O Dia

As denúncias são relativas a crimes de formação de quadrilha armada e corrupção ativa e passiva. Segundo a denúncia, os acusados atuavam em Bangu, Realengo, Marechal Hermes e Campo Grande, além de outros bairros da Zona Oeste do Rio. Ainda segundo o documento, a quadrilha utilizava as instalações da empresa Ivegê, em Bangu, de propriedade do contraventor Fernando Iggnácio, como quartel-general do bando.

Um dos presos, o tenente-coronel Marcelo Bastos Leal, do Departamento-Geral de Pessoal, era o chefe da segurança da quadrilha comandada pelo bicheiro. O contraventor ainda continua foragido.
Vídeo: Operação Perigo Selvagem


Além do tenente-coronel, também foram presos o capitão Walter Colchone, do Comando de Operações Especiais; o sargento Silvio César Lopes, do Batalhão de Operações Especiais (Bope); o sargento Antônio Carlos de Oliveira, do 41º BPM (Irajá); o sargento Márcio Vieira da Silva, do 39º BPM (Belford Roxo); o sargento Isaac Eleotério de Santana, do 18º BPM (Jacarepaguá); o cabo Estevão Augusto Mancini, do Batalhão de Policiamento de Vias Especiais (BPVE).

Ainda nesta manhã, agentes da Coordenadoria de Inteligência (CI) da PM prenderam Marcos Gonçalves Pinto, outro envolvido no esquema. Na casa dele, em uma vila, na Rua Claudino Barata, em Realengo, os policiais também cumpriram um mandado de busca e apreensão.

Agentes tentaram cumprir mais um mandado de busca e apreensão em um galpão na Rua da Fiação 207, em Bangu.
Polícia cumpre mandados de busca e apreensão em galpão em Bangu
Foto: Alessandro Costa / Agência O Dia

Ameaças e sequestros a todo momento
O promotor do Ministério Público do Rio, Décio Alonso Gomes, disse que a operação não tem a pretensão de acabar com o jogo do bicho, mas sim, de tirar de circulação pessoas altamente nocivas à sociedade.

"Queremos também acabar com essa imagem de glamour do jogo do bicho, que é uma exploração violenta, sem bem social, onde as pessoas são ameaçadas e sequestradas a todo momento", afirmou.

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