terça-feira, 6 de agosto de 2013

Delegado-geral da Polícia Civil é ouvido pela CPI da Segurança Pública

06/08/2013 
Do G1 GO, com informações da TV Anhanguera
O delegado-geral da Polícia Civil de Goiás, João Carlos Gorski, prestou depoimento nesta terça-feira (6) à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga problemas relacionados à Segurança Pública no Estado de Goiás. A comissão foi instaurada na Assembleia Legislativa no dia 4 de junho deste ano.

O intuito da CPI é investigar o crescente número de homicídios em Goiás ainda sem esclarecimento. A comissão faz um levantamento de problemas relacionados à violência e a criminalidade nos últimos dez anos.

Também serão alvo de apuração a quantidade de moradores de rua assassinado na Grande Goiânia - no período de um ano, foram 32 mortos -, e a queda do helicóptero da Polícia Civil que matou oito pessoas, em Doverlândia, em maio do ano passado.

Durante a reunião, Gorski reconheceu o déficit do efetivo no estado. Segundo ele, os 3 mil profissionais não são suficientes para atender os 246 municípios goianos e que o ideal seriam pelo menos 5 mil policiais. O delegado espera que no começo do ano que vem a situação possa melhorar, quando 753 candidatos aprovados no concurso da polícia forem convocados.

Quando questionado pelo deputado Luiz Carlos do Carmo (PMDB) sobre o alto número de assassinatos, o delegado-geral disse que "grande parte de vítimas de homicídios tinha envolvimento com tráfico".

Durante a sessão, o deputado Mauro Rubem (PT) criticou a atuação da polícia e disse que além de investimentos, é preciso uma ação conjunta entre as unidades de segurança.

"É muito importante a Polícia Militar e a Civil estarem na mesma sala e que elas estejam integradas com a Guarda Municipal, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal, todas juntas para proteger a sociedade e o seu patrimônio", analisou.
João Carlos Gorski presta depomento(Foto:Reprodução / TV Anhanguera)

Esclarecimentos
Ainda não há previsão de quando o relatório final da CPI ficará pronto. No entanto, pelo menos 25 pessoas serão convocadas pelos deputados para prestarem esclarecimentos. Entre elas, policiais civis, militares e promotores públicos.

A próxima sessão está marcada para quinta-feira (8), quando deve ser ouvidos a secretária de assistência social de Goiânia, Adriana Accorci, que já foi chefe da Polícia Civil, além de Fabio Alves de Castro Vilela, atual presidente do Sindicato de Delegados de Polícia de Goiás (Sindepol).

Para o presidente da CPI, deputado Hélio Souza (DEM), esta já é segunda e última fase da comissão. "A primeira fase foi a da reunião da documentação. E a segunda é com as oitivas, para que a gente possa ter um diagnóstico concreto do que são consideradas as causas de violência no estado de Goiás", pontuou.

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