13 de agosto de 2014
Retrato de Murilo Mendes, por Ismael Nery
Ocupação:Poeta
Escola/tradição: Modernismo
Murilo Monteiro Mendes (Juiz de Fora, 13 de maio de 1901 — Lisboa, 13 de agosto de 1975) foi um poeta e prosador, expoente do surrealismo brasileiro.
Telegrafista , auxiliar de contabilidade, Porfs, notário e Inspetor do Ensino Secundário do Distrito Federal. Foi escrivão da quarta Vara de Família do Distrito Federal, em 1946.
De 1953 a 1955 percorreu diversos países da Europa, divulgando, em conferências, a cultura brasileira.
Em 1957 se estabeleceu em Roma, onde lecionou Literatura Brasileira. Manteve-se fiel às imagens mineiras, mesclando-as às da Sicília e Espanha, carregadas de história.
Obras
Murilo Mendes iniciou-se na literatura escrevendo nas revistas modernistas Terra Roxa, Outras Terras e Antropofagia. Os seus livros Poemas (1930),História do Brasil (1932) e Bumba-Meu-Poeta, escrito em 1930, mas só publicado em 1959, na edição da obra completa intitulada Poesias (1925–1955), são claramente modernistas, revelando uma visão humorística da realidade brasileira. Tempo e Eternidade (1935) marca a conversão de Murilo Mendes ao catolicismo. Nesse livro, os elementos humorísticos diminuem e os valores visuais do texto são acentuados. Foi escrito em colaboração com o poeta Jorge de Lima.
Nos volumes da fase seguinte, Poesia em Pânico (1938), O Visionário (1941), As Metamorfoses (1944) e Mundo Enigma (1945), o poeta apresenta influência cubista, sobrepondo imagens e fazendo o plástico predominar sobre o discursivo.
Poesia Liberdade (1947), como alguns outros livros do poeta, foi escrito sob o impacto da guerra, refletindo a inquietação do autor diante da situação do mundo.
Em 1954, saiu Contemplação de Ouro Preto, em que Murilo Mendes alterou sua linguagem e suas preocupações, reportando-se às velhas cidades mineiras e sua atmosfera. Daí por diante, o poeta lançou-se a novos processos estilísticos, realizando uma poesia de caráter mais rigoroso e despojado, como em Parábola (1946-1952) e Siciliana (1954–1955), publicados em Poesias (1925–1955). As características desse período atingem sua melhor realização no livro Tempo Espanhol (1959).
Poesia Liberdade (1947), como alguns outros livros do poeta, foi escrito sob o impacto da guerra, refletindo a inquietação do autor diante da situação do mundo.
Em 1954, saiu Contemplação de Ouro Preto, em que Murilo Mendes alterou sua linguagem e suas preocupações, reportando-se às velhas cidades mineiras e sua atmosfera. Daí por diante, o poeta lançou-se a novos processos estilísticos, realizando uma poesia de caráter mais rigoroso e despojado, como em Parábola (1946-1952) e Siciliana (1954–1955), publicados em Poesias (1925–1955). As características desse período atingem sua melhor realização no livro Tempo Espanhol (1959).
Em 1970, Murilo Mendes deu a louca e publicou Convergência, um livro de poemas vanguardistas.
Murilo Mendes também publicou livros de prosa, como O Discípulo de Emaús (1944), A Idade do Serrote (1968), Livro de memórias e Poliedro (1972).
Ao morrer, em Lisboa, deixou inéditas várias obras.
Prêmios recebidos
Prêmio Graça Aranha, pelo livro Poemas.
Prêmio Internacional de Poesia Etna-Taormina, 1972.
Prêmio Nacional pela obra Solidariedade, 1968.
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