segunda-feira, 1 de julho de 2013

Caminhoneiros em greve fecham a BR-381 em vários pontos e a BR-040 em Nova Lima

01/07/2013
Caminhoneiros se enfileiram pela BR-381
Caminhoneiros se enfileiram pela BR-381
Caminhoneiros se enfileiram pela BR-381
Caminhoneiros se enfileiram pela BR-381
Caminhoneiros se enfileiram pela BR-381

FERNANDA VIEGAS/ BERNANDO MIRANDA

Como prometido, caminhoneiros fecham, desde os primeiros minutos desta segunda-feira (1º) a BR-381, em Igarapé e Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte. A ideia dos manifestantes é parar o Brasil, sem a realização das viagens e abastecimento de alimentos e combustível, até que eles consigam iniciar a negociação com o Governo Federal.

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), devido à interdição, o congestionamento na BR-381 vai do km 520, em Igarapé, até o km 500 em São Joaquim de Bicas, na região metropolitana. Segundo a PRF, o protesto contra o aumento do preço do óleo diesel começou por volta das 0h25, na altura do KM 513.

O grupo fez uma fila de caminhões na pista da direita, no sentido São Paulo. Segundo a PRF, o trânsito foi liberado na pista da esquerda. Por volta das 1h20, já tinha se formado cem metros de fila de veículos de carga. Cerca de 15 minutos depois, segundo informações da PRF, os caminhoneiros também fecharam a rodovia no sentido Belo Horizonte. Antes das 6h, a adesão à manifestação já era de cinco quilômetros de veículos de carga parados.

O protesto se espalha por mais quatro pontos da BR-381. Na altura do bairro Citrolândia, em Betim, os manifestantes fecharam a pista no sentido Belo Horizonte. No KM 359, em João Monlevade, na região Central do Estado, na altura do Posto Graal, em Antônio Dias, no Vale do Aço, no KM 295, em Carmópolis de Minas, na região Centro-Oeste, no KM 589 e no KM 365, em São Gonçalo do Rio Baixo, também na região Central de Minas. A rodovia também está fechada desde às seis da manhã na altura de Oliveira, no Centro-Oeste mineiro. As pistas estão fechadas nos dois sentidos.

Segundo o presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga, Antônio Silva Reis, as principais reivindicações são redução do imposto do óleo diesel, cumprimento da lei federal que determina que o pedágio seja pago separadamente do frete pelas empresas contratantes, fim da multa por excesso de peso, segurança nas estradas e melhorias nas rodovias.

A BR-040 também já tem filas de caminhoneiros nos KMs 564 e 560, em Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte, no sentido Rio de Janeiro.

Em todos os pontos, segundo a PRF, veículos de passeio e ônibus estão liberados para passar.

A PRF também informou que no KM 50 da BR-262, em Manhuaçu, na Zona da Mata, na altura do trevo de Realeza, está com a pista totalmente fechada por cafeicultores, reivindicado melhorias nos preços do café.

Entenda o caso
Os caminhoneiros vão aderir à onda de protestos e prometem parar o país a partir de segunda-feira. A proposta do Movimento União Brasil Caminhoneiro (MUBC) é que os 2,5 milhões de caminhões do país não façam viagem no período entre 6h de segunda-feira e 6h de quinta-feira, o que deve gerar prejuízos incalculáveis para todos os setores. “A partir de 48 horas de paralisação, o Brasil fica desabastecido. Vai começar a faltar combustível, comida, tudo”, diz o presidente nacional do MUBC, Nélio Botelho.

Os caminhoneiros pedem subsídios para baratear o óleo diesel e isenção para caminhões do pagamento de pedágios em todas as rodovias, o que, de acordo com eles, reduziria o custo com frete e, como reflexo, iria baratear o preço dos produtos em geral. Eles querem ainda a criação da Secretaria do Transporte Rodoviário de Cargas, vinculada diretamente à Presidência da República, nos mesmos das atuais Secretarias dos Trabalhadores e das Micro e Pequenas Empresas.

Outra reivindicação é a alteração na lei 12.619 que estabelece 11 horas de descanso ininterruptas. A categoria reivindica apenas oito horas seguidas de pausa. A categoria também quer discutir questões como soluções a atuação de transportadores ilegais. Nélio Botelho diz que haverá adesão em massa da categoria, já que o movimento foi aprovado por unanimidade nas assembleias realizadas.
Jornal O Tempo

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