03/07/13
FERNANDA VIEGAS
Mesmo com o aval da Justiça Federal de Minas Gerais, que permite à Polícia Rodoviária Federal (PRF) intervir e impedir que a manifestação dos caminhoneiros fechem as rodovias, concedida nessa terça-feira (2), a categoria continua fazendo filas nas pistas da direita nas estradas federais que cortam minas, nesta quarta-feira (3). De acordo com a liminar, as rodovias interditadas devem ser liberadas até às 9h desta quarta. Caso a decisão seja descumprida, a categoria deverá pagar R$ 100 mil para cada hora de interdição.
De acordo com a PRF, a BR-381, continua com o bloqueio para veículos de carga nas cidades de Igarapé (KM 513), na região metropolitana de Belo Horizonte, Carmópolis de Minas (KM 589)e Santo Antônio do Amparo (KM 636), na região Centro-Oeste do Estado, e Oliveira (KM 617), no Vale do Rio Doce.
No KM 650 da BR-040, em Cristiano Otoni, na região Central de Minas, veículos pesados não passam nos dois sentidos. No KM 622, da mesma rodovia, em Congonhas, na mesma região, a via está fechada nos dois sentidos.
Caminhoneiros também fecham duas pistas do KM 5 da BR-356, em Belo Horizonte e Nova Lima, no sentido Rio de Janeiro, segundo a Polícia Militar Rodoviária (PMRv). Já há reflexos no Anel Rodoviário. O grupo coloca fogo em objetos na via.
Reivindicações
Os caminhoneiros pedem subsídios para baratear o óleo diesel e isenção para caminhões do pagamento de pedágios em todas as rodovias, o que, de acordo com eles, reduziria o custo com frete e, como reflexo, iria baratear o preço dos produtos em geral. Eles querem ainda a criação da Secretaria do Transporte Rodoviário de Cargas, vinculada diretamente à Presidência da República, nos mesmos das atuais Secretarias dos Trabalhadores e das Micro e Pequenas Empresas.
Outra reivindicação é a alteração na lei 12.619 que estabelece 11 horas de descanso ininterruptas. A categoria reivindica apenas oito horas seguidas de pausa. A categoria também quer discutir questões como soluções a atuação de transportadores ilegais. Nélio Botelho diz que haverá adesão em massa da categoria, já que o movimento foi aprovado por unanimidade nas assembleias realizadas.
A ideia da categoria é parar o Brasil, sem a realização das viagens e abastecimento de alimentos e combustível, até que eles consigam iniciar a negociação com o Governo Federal.
Jornal O Tempo
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