22 de Junho de 2013 -Juiz de Fora
Ação Cívico Social incluiu serviços de saúde e jurídicos, além de brincadeiras para as crianças
Por Tribuna
Após o assassinato do jovem Luiz Felipe da Silva Oliveira, 16 anos, na noite da última sexta-feira (21) na Vila Olavo Costa, Zona Sudeste, que vem sofrendo com uma onda de violência nos últimos meses, a Polícia Militar retornou ao bairro na manhã deste sábado (22) com outro propósito, levando diversão para as crianças e serviços de saúde e de direito para os moradores da região. A Ação Cívico Social levou à Rua Furtado de Menezes, nas proximidades das escolas estaduais Teodorico Ribeiro de Assis e Maria Ilydia Resende Andrade, estandes com profissionais capacitados para orientações jurídicas, atendimento psicológico, odontológico e fisioterapêutico, além de oferecerem teste de pressão arterial. "Estamos aqui para mostrar que o mais importante é prevenir a doença para promover a saúde", destacou Marcelo Resende Machado, coordenador e professor da Faculdade de Fisioterapia da Universidade Salgado de Oliveira.
Tirando dúvidas dos consumidores, o Procon Móvel se instalou no centro da ação, que ainda contou apresentações da cantora Sandra Portela, da bateria da escola de samba Juventude Imperial e da Banda da Polícia Militar. Com um público estimado em 600 pessoas, o evento reuniu pais e filhos, que se encantaram com os animais empalhados e expostos no estande da Polícia Militar Ambiental. O pequeno Alisson Ferreira, 13, viu pela primeira vez uma jibóia viva, que passeou nos braços de um PM ao longo de todo o evento, podendo ser tocada e fotografada pelas crianças.
Com mesas de sinuca, ping-pong e totó, escorregadores e cama elástica, um trecho da rua foi totalmente destinado à diversão de crianças e jovens. A embaladeira Renata da Silva, 39, ressaltou a necessidade de um espaço de convivência no bairro onde pudesse levar a filha pequena, que se divertiu no pula-pula. Segundo ela, atividades como essas preenchem o tempo vazio dos moradores da comunidade e os afastam da criminalidade. Fazendo coro, a taxista Joana Mariana, 29, acredita que a ação devolve auto-estima ao bairro. Destacando que a rua escolhida para o evento é uma das mais tranquilas da região, a estudante Jéssica Lima, 22, sentiu falta de um estande esclarecendo os jovens sobre o consumo de drogas. "Isso aqui dá um exemplo para as crianças de que nem tudo é crime, existem outras escolhas possíveis", comentou Jéssica.
Para o capitão Mário César Polidoro, da 135ª Companhia da Polícia Militar, responsável pela ação na área, é muito importante estreitar os laços com a comunidade. "Onde são criados mecanismos de atividades lúdicas e culturais surge a oportunidade de resgatar essas jovens vidas que são cooptadas pelo crime. Temos a plena convicção de que o bairro tem muita gente de bem", afirmou.
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