segunda-feira, 20 de maio de 2013

Atlético perde o clássico, mas conquista o título e é bicampeão mineiro

PUBLICADO EM 19/05/13
THIAGO PRATA
Ronaldinho, de pênalti, fez o gol do Atlético no duelo, confirmando o título para o Alvinegro

A enorme pressão exercida pelo Cruzeiro e os dois gols celestes no primeiro tempo deste domingo, no Mineirão, levaram preocupação ao Atlético e à Massa, e alimentaram as esperanças dos celestes. Só que o Galo voltou ‘bicando’ na etapa complementar, diminuiu o placar para 2 a 1, e sagrou-se campeão mineiro pela 42ª vez em sua história.

Foi um duelo digno das tradições do clássico entre Cruzeiro e Atlético, em que houve de tudo. Gols, bola na trave, belas defesas, jogadas de efeito e uma bonita festa proporcionada pelas duas torcidas.

Enquanto a Raposa ditou as regras no primeiro tempo, com dois gols de pênalti do endiabrado Dagoberto, o Galo foi o dono da etapa final, diminuindo a contagem com o craque Ronaldinho, também em uma penalidade.

Como tinha goleado o rival no Independência, na partida de ida, por 3 a 0, o alvinegro faturou o bicampeonato, que significou ainda o primeiro título da Era do novo Mineirão, e vai mais forte para a disputa das quartas de final da Copa Libertadores, contra o Tijuana-MEX. O primeiro duelo ante os mexicanos está marcado para quinta-feira, às 21h30, na casa do adversário.

Já o Cruzeiro deu uma satisfação à sua torcida, depois de ter levado um vareio no confronto de ida. Os azuis passam agora a pensar na Copa do Brasil. Na quarta-feira, às 22h, a Raposa encara o Resende, no jogo de volta da segunda fase, no Mineirão.

O jogo. A torcida celeste transformou o Mineirão em uma panela de pressão para o Galo, que passou a etapa inicial atordoado, enquanto o Cruzeiro voou em campo. Dagoberto parecia uma flecha sempre que atacava pela direita. E o foi através de uma rápida investida dele que os azuis abriram o placar.

Após deixar Marcos Rocha no chão, o avante foi derrubado na área por Gilberto Silva. O próprio camisa 11 cobrou com eficiência para abrir o placar.

Para manter o embalo, o Cruzeiro contou novamente com o poder de decisão de Dagol. Depois que Richarlyson cometeu falta em Borges na área, Dagoberto ampliou, novamente de pênalti, para a festa da China Azul e o desespero da pequena parcela de torcedores alvinegros que compareceu ao estádio.

O comportamento do Galo no segundo tempo foi a antítese da atuação na etapa inicial. O Atlético voltou do intervalo mostrando um futebol de alto nível. Só que Fábio e a trave tiraram o grito do gol da boca dos atleticanos em vários momentos.

À medida que o tempo passava, a tensão aumentava. Até que Ronaldinho freou de vez a reação da Raposa e tranquilizou a torcida alvinegra. Com a categoria de sempre, o R10 converteu o pênalti cometido por Egídio sobre Luan. E, por pouco, Marcos Rocha não empatou, depois de protagonizar uma linda jogada.
CRUZEIRO 2 X 1 ATLÉTICO
Motivo: jogo de volta da decisão do Campeonato Mineiro
Estádio: Mineirão
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (RS)
Renda: R$ 1.774.410
Público: 42.142 pagantes
Cartões Amarelos: Borges, Leandro Guerreiro, Diego Souza, Nilton (Cruzeiro); Gilberto Silva, Ronaldinho (Atlético)
Cartão Vermelho: Luan (Atlético)
Gols: Dagoberto (2) (Cruzeiro); Ronaldinho (Atlético)

Cruzeiro: Fábio; Ceará (Mayke), Léo, Paulão e Egídio; Leandro Guerreiro, Nilton, Everton Ribeiro e Diego Souza (Ricardo Goulart); Dagoberto e Borges (Anselmo Ramon).
Técnico: Marcelo Oliveira.

Atlético: Victor; Marcos Rocha, Gilberto Silva, Réver e Richarlyson; Josué, Leandro Donizete e Ronaldinho; Bernard (Luan), Diego Tardelli (Leonardo Silva) e Jô (Alecsandro). Técnico: Cuca.

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