quinta-feira, 25 de abril de 2013

Juiz de Fora não terá mais voo direto para BH

Publicado no Jornal OTEMPO em 25/04/2013
QUEILA ARIADNE

FOTO: ROBERTO FULGÊNCIO/AE - 30.7.2007
Goianá. Aeroporto em Juiz de Fora, que continua a receber investimentos, perderá voos comerciais

A partir de 15 de maio, Juiz de Fora não terá mais voo direto para Belo Horizonte e o aeroporto Presidente Itamar Franco (Goianá) - onde o governo estadual está investindo R$ 51 milhões para melhorar o acesso - não terá mais nenhum voo comercial. A Azul Linhas Aéreas, que é a única companhia que opera de Juiz de Fora (aeroporto Francisco Assis, apelidado de Serrinha) para Belo Horizonte (Pampulha), confirmou o cancelamento do voo e também a desativação de suas operações no aeroporto de Goianá. Os únicos três voos que partiam desse terminal - para Campinas (Viracopos) - serão transferidos para Serrinha. 

As solicitações do cancelamento dos voos diretos para Pampulha e do fim das operações em Goianá foram encaminhadas à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) no começo de abril. A agência ainda está analisando o pedido, mas, no site da Azul, já não é possível comprar passagens de Serrinha para a Pampulha, para depois de 15 de maio. 

Não há outros voos de Serrinha para a capital, nem via Pampulha, nem para Confins. Para ir de Juiz de Fora a Belo Horizonte de avião, a opção será pegar um voo da Azul para Campinas (Viracopos) e, depois, uma conexão para a capital. A mudança vai pesar no bolso no consumidor. Caso a empresa não crie uma condição especial, o custo pode até triplicar. 

O voo para Campinas, que será transferido de Goianá para Serrinha, custa entre R$ 199,90 e R$ 249. Com simulação feita para a data de hoje, a passagem de Campinas para Belo Horizonte custa a partir de R$ 403. Ou seja, de Juiz de Fora para a capital, o passageiro desembolsaria pelo menos R$ 603, o triplo do valor do voo direto que a Azul deixará de fazer para a Pampulha (R$ 199,90). 

Além de mais caro, o passageiro gastará mais tempo. Hoje, o voo direto Serrinha/Pampulha tem duração aproximada de 50 minutos. O trecho Juiz de Fora/Campinas dura entre R$ 1h35 e R$ 1h42 e, o de Campinas/Belo Horizonte, dura entre 1h10 e 1h30. Ou seja, o trecho que era feito em 50 minutos, vai demorar pelo menos 2h45. 

Por meio de comunicado, a Azul disse que "a decisão da companhia foi motivada por um processo de otimização de sua malha aérea, que levou em consideração a proximidade dos dois aeroportos e a conveniência de oferecer mais horários numa única localidade".

Como parte desse processo de mudança, a companhia diz que deixará de operar voos diretos à Pampulha e a Guarulhos, mas que passa a oferecer opções de conexão convenientes e frequentes em Campinas para um número inédito de destinos. 


ACESSO RODOVIÁRIO
Mesmo sem voo, Goianá receberá investimentos

Mesmo sem nenhuma operação comercial no aeroporto de Goianá, a 40 km de Juiz de Fora, o governo vai manter os investimentos de R$ 51 milhões anunciados para melhorar o acesso à região. As obras de pavimentação do trecho de 13,8 km da rodovia que dá acesso ao terminal, entre o entroncamento da BR–040 (em Juiz de Fora) e o entroncamento da MG–353 (distrito de João Ferreira), já estão em andamento. 

Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop) esclarece que a desativação dos voos é uma decisão unilateral da empresa (Azul). A companhia reafirma o seu compromisso com Juiz de Fora e ressalta que "todos os clientes com reservas prévias para datas posteriores ao cancelamento da operação em Goianá (15 de maio) serão reacomodados nos novos voos ou reembolsados".

O terminal entrou em operação comercial em agosto de 2011 para voos diurnos e, em outubro do mesmo ano, para voos noturnos. Em um ano e meio de atividade, o total de passageiros transportados pela Azul, a partir deste aeroporto, chegou a cem mil, em aeronaves com capacidade para 70 passageiros, o que representa uma taxa de ocupação média das aeronaves de 85% dos assentos comercializados. (QA)

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