sábado, 23 de março de 2013

Polícia abre inquérito sobre denúncia de agressão cometida por militares em metrô de BH

23/03/2013
JULIANA BAETA
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FOTO: REPRODUÇÃO/YOUTUBE
Um vídeo que circula pela internet registrou o que seria uma ação truculenta por parte da polícia na abordagem de uma estudante que teria entrado com o carro em uma pista exclusiva de ônibus.

A Polícia Militar informou que já foi instaurado um inquérito para esclarecer se houve alguma irregularidade na abordagem à uma mulher que entrou com o carro em uma pista exclusiva de ônibus da estação José Cândido da Silveira, no bairro Cidade Nova, região Nordeste da capital.

Um vídeo que registrou o que parecia ser uma ação truculenta por parte da polícia se disseminou pelas redes sociais e mobilizou centenas de internautas. No domingo (17), a estudante de engenharia ambiental Caroline Salomão, de 22 anos, que estava com a mãe, de 56, acabou estacionando o carro em uma pista exclusiva para ônibus. Segundo a jovem, ela se confundiu, pois não havia nenhuma sinalização que indicasse a entrada proibida no local.

A partir daí, Caroline foi abordada pelo cabo Divino Nascimento que, segundo ela, agiu de forma agressiva com as duas. "Ele me abordou de forma ríspida, mandando descer do carro". Depois de explicar que não tinha o documento, pois havia sido assaltada no início do ano, a estudante, que ainda informou que poderia passar o número do boletim de ocorrência comprovando o roubo, e a mãe, teriam sido agredidas pelo militar.

Após o ocorrido, o policial chamou reforço e mobilizou oito viaturas para deter Caroline e a mãe que, conforme constatado, não apresentavam nada de ilícito ou que pudesse configurar uma ameaça, exceto pela falta de documentação do veículo. A PM ainda informou que, após fazer uma consulta, teria descoberto que o veículo estava sem o pagamento do IPVA desde 2009. A jovem e a mãe foram para a delegacia, onde ficaram por cerca de 15 horas.

Testemunhas
Moradores do entorno ficaram revoltados com a ação que presenciaram, segundo o presidente da Associação dos Amigos do Cidade Nova, Francisco Souza Júnior. "Eles ficaram indignados quando viram tamanho envolvimento de policiais em um fato tão pequeno, sendo que prédios estão sendo assaltados diariamente no bairro e o atendimento policial é mais lento e com um efetivo bem menor", disse. Segundo Souza, um dos moradores que o procurou já foi assaltado quatro vezes, sendo que na última, houve quatro disparos de arma de fogo. Mesmo assim, a mobilização policial foi menor do que a registrada no vídeo.

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