quinta-feira, 14 de março de 2013

Duas em cada dez mil pessoas sofrem de ataque renal

13/03/2013 14:39:36 
Redação| Com Assessoria

Para celebrar o Dia Mundial do Rim, comemorado em 14 de março, a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) lançou a campanha Pare de agredir seu rim. O Ministério da Saúde estima que aproximadamente 20 milhões de brasileiros sejam portadores de algum grau de doença renal. Além disso, um estudo da SBN indicou que a taxa de mortes dos doentes renais crônicos aumentou 38% entre 2000 e 2010. Segundo Selmo Minucelli, hematologista do laboratório Cedic Cedilab, o principal motivo deste crescimento é o diagnóstico tardio de pessoas com disfunções nos rins. “Muitos pacientes, antes de começar a fazer hemodiálise, nem sabem que são doentes renais crônicos e acabam sendo atendidos numa emergência”, explica.

Minucelli conta que os testes de detecção, que podem ser de urina ou de sangue, devem ser realizados sistematicamente em pacientes com alto risco para a doença. São considerados fatores de risco problemas como o diabetes, pressão alta, doença renal na família, idade avançada e doenças cardiovasculares. De acordo com a última pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), cerca de 30 milhões de pessoas, no Brasil, com mais de 18 anos tenham pressão arterial alterada; entre 7 e 10 milhões de indivíduos têm diabetes; além de o país ter mais de 2 milhões de obesos.

O nefrologista Marcos Kubrusly, do laboratório Cedic Cedilab, ressalta que as doenças renais são silenciosas e, por isso, não se deve esperar sintomas. “O paciente não costuma sentir nada na fase inicial. Alguns reclamam de mal estar e cansaço, mas estes são sintomas muito inespecíficos”, alerta. O médico esclarece que em estados avançados a doença causa náuseas, vômitos, falta de ar, inchaço, entre outros desconfortos.

Para prevenir as doenças renais, o nefrologista recomenda fazer atividade física, beber de 1,5 litros a 2 litros de água por dia, controlar o açúcar no sangue, manter a pressão arterial sob controle, não fumar e evitar medicamentos anti-inflamatórios. “A prevenção é o melhor caminho. Contudo, manter o check-up laboratorial em dia é, também, de extrema importância, pois assim a doença será detectada precocemente”, adverte. Os principais exames são clearance de creatinina, sumário de urina e ultrassonografia dos rins.

Caso o problema seja diagnosticado, o que levará à perda da função de filtragem dos rins, o paciente precisará de tratamento urgente e acompanhamento do progresso da doença. “Na fase inicial o paciente precisa fazer uma mudança na dieta. Se tiver pressão alta e diabetes, ele deverá tomar medicamentos para controlar, além de remédios para reduzir a eliminação de proteínas pelos rins. Já na fase mais avançada, vem a diálise, mais medicamentos e o transplante renal”, finaliza Minucelli.
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