segunda-feira, 4 de março de 2013

CASO BRUNO; O JULGAMENTO. Drama e reviravoltas até o capítulo final

Novos indícios e suspeitos descobertos nos últimos meses tornam o caso ainda mais tumultuado
Publicado no Jornal OTEMPO em 04/03/2013

TÂMARA TEIXEIRA
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A reta final do julgamento do goleiro Bruno Fernandes é marcada por reviravoltas. Novos suspeitos, confissões e acusações surgem a cada momento. O primo do jogador, que nunca havia falado publicamente, reapareceu. A polícia abriu um novo inquérito para apurar a participação de dois policiais suspeitos no crime, e até o atestado de óbito de Eliza Samudio foi expedido em uma tentativa de colocar fim à tese da defesa de que, como não há corpo, não houve crime. 

A partir de hoje, o ex-ídolo dos gramados e sua ex-mulher, Dayanne Souza, serão julgados no fórum de Contagem, na região metropolitana da capital. O veredito está condicionado a novas surpresas. 

A carta na manga do promotor do caso, Henry Wagner Vasconcelos, pode estar ligada à quebra do sigilo bancário de Bruno e de seu braço-direito Luiz Henrique Romão, o Macarrão, autorizada em janeiro. As contas do período entre janeiro e julho de 2010 passaram por um pente-fino e podem revelar algum pagamento pela morte de Eliza. Os dados podem também derrubar a versão de Bruno e Macarrão, que dizem ter sacado e entregue R$ 30 mil a Eliza. 

No julgamento de Macarrão, o promotor sustentou a acusação, principalmente, nas ligações e na localização geográfica dos acusados nos dias do crime. A recente divulgação de uma entrevista com Jorge Rosa, primo do jogador, que deveria ajudar o goleiro, complicou sua vida com várias contradições. O vídeo foi anexado ao processo, e Jorge foi convocado a depor. 

A poucos dias do júri, uma investigação sigilosa sobre a participação dos policiais Gilson Costa e José Lauriano, o Zezé, foi descoberta. Ela aponta, ainda, que o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, viajou a Santos(SP) dois meses antes do crime para surpreender Eliza em uma tocaia. 

Em janeiro, foi emitida a certidão de óbito de Eliza. Durante as investigações, o documento era exigido pela defesa como uma prova do assassinato e será explorado pela acusação.

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