FOTO: DIDA SAMPAIO/AE - 9.12.2011
Fim dos extras foi aprovado pelo Senado, mas, não, pela Câmara
Brasília. Sete meses após votar por unanimidade pelo fim dos dois salários extras pagos todos os anos pelo Congresso e criticar em discursos inflamados o benefício, a maior parte dos senadores aceitou embolsar o dinheiro. O benefício, que soma R$ 53,4 mil ao ano, ainda é pago porque a Câmara, até hoje, não votou sua extinção.
Dos 81 senadores, só 13 devolveram ao Senado o 15º salário. A assessoria do Senado informou que ainda é possível devolver o pagamento.
A aprovação da extinção do benefício, em maio, ocorreu em votação simbólica (quando não há contagem de votos). Na Câmara, o projeto que acaba com o 14º e o 15º salários ainda está em discussão. O relator, Afonso Florence (PT-BA), concedeu parecer favorável, mas o texto ainda não apreciado.
Cotão. Os senadores gastaram no ano passado R$ 21,5 milhões com o chamado "cotão", como é conhecida a verba para divulgação das atividades parlamentares, passagens aéreas, hospedagem, alimentação e consultorias um aumento de 13,45%, comparando-se com o ano anterior. Em ano de eleição municipal, o aumento foi praticamente o dobro da inflação prevista pelo Banco Central para 2012, de 5,71%.
Quem mais gastou em 2012 foi o senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR): R$ 457,3 mil, um aumento de 2% em comparação com o gasto de 2011, quando ele também liderou a lista de despesas. Procurado, não foi localizado para comentar o assunto.
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