Nascido há 100 anos, Rubem Braga é celebrado em mostra e relançamentos

12.01.2013 às 20:33 h

POR KAMILLE VIOLA

Rio - Nascido há exatos 100 anos em Cachoeiro do Itapemirim (ES), Rubem Braga não só é considerado um dos maiores cronistas brasileiros: é o único grande autor nacional a ter uma obra dedicada exclusivamente ao gênero. Para marcar seu centenário, serão lançadas antologias e reedições de seus livros, além de uma exposição sobre vida e obra do artista, morto em 19 de dezembro de 1990.

Homenagem ao grande cronista do Brasil | Foto: Reprodução / Ilustração

“No caso da Literatura Brasileira, a crônica nunca foi um gênero marginal, muito pelo contrário”, observa o escritor e professor Augusto Massi. “Mas, neste grande elenco, Rubem Braga tem um lugar especial. Dentre todos, ele foi o único a figurar nas histórias da literatura praticando tão somente este gênero literário. Em parte, isso se deve à força imagética da sua prosa. Braga é um prosador íntimo dos mistérios da poesia”.

Massi organizou ‘Retratos Parisienses: 31 Crônicas’ (ed. José Olympio), que reúne textos feitos a partir de entrevistas realizadas por Braga na Europa, com nomes como o filósofo Jean-Paul Sartre e o pintor Pablo Picasso, entre outros. Sai mês que vem.

Ainda em fevereiro, serão lançadas reedições do infantil ‘O Menino e o Tuim’ (ed. Galerinha) e ‘Na Cobertura de Rubem Braga’ (ed. José Olympio), de José Castello, que reconstrói vida e obra do escritor através de depoimentos de nomes como Vinicius de Moraes e Carlos Drummond de Andrade. Em março é vez de ‘Rubem Braga — O Lavrador de Ipanema’ (ed. Record), com crônicas que mostram a paixão do autor pela natureza. Ainda este ano, será relançado ‘200 Crônicas Escolhidas’. E, no segundo semestre, chega ao Rio a exposição ‘O Fazendeiro do Ar’, organizada pelo jornalista Joaquim Ferreira dos Santos, com textos, documentos e imagens.

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