quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Militares ameaçam paralisar as atividades no carnaval por salários. Haverá aquartelamento se governo não acatar proposta da categoria.

16/01/2013   Do G1 AL
Representantes do governo do Estado e das associações militares discutiram em reunião saída para impasse (Foto: Divulgação)

Em negociação como o governo do Estado, os militares ameaçam paralisar as atividades durante o carnaval se a proposta apresentada por eles à Secretaria de Gestão Pública de Alagoas (Segesp) seja rejeitada.

Representantes da categoria dos policiais e bombeiros estiveram, na manhã desta quarta-feira (16), em reunião com o secretário da pasta, Alexandre Lages, e remarcaram para o dia 28 um novo encontro para receber a resposta do governo.

Na oportunidade, representantes da Associação das Praças da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros (Aspra), Associação dos Cabos e Soldados (ACS), Associação dos Subtenentes e Sargentos (Assmal), Associação dos Oficiais Militares (Assomal), Associação dos Oficiais da Reserva (Assorpobom), Associação da Reserva, Reforma e Pensionistas Militares (ARPM) apresentaram uma proposta que cobra junto a reposição do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)–que foi no ano passado de 5,82%– o realinhamento salarial, procedimento que garante acréscimo de 16% em ganho real.

“O aquartelamento durante o carnaval é uma possibilidade real, caso o governo não aceite nossa proposta. A categoria está unida porque entende a necessidade desta reposição salarial e realinhamento das graduações de cabo a coronel. Caso a negociação não avance, a tropa já decidiu parar os trabalhos”, disse o presidente da Aspra, Wagner Simas.

Representantes da Segesp solicitaram até o dia 28 de janeiro para estudar o impacto do percentual solicitado pelos militares na folha salarial do Estado. “Na semana que vem, uma equipe da Segesp juntamente com o Comando Geral deve analisar o impacto da folha para posteriormente passar para os líderes das associações o resultado. Nós notamos que há uma falta de interesse deles em analisar este impacto da folha que não é um processo tão demorado quanto se parece. Não foi definido nada ainda, mas pretendemos começar as visitas pelas unidades em breve. A tropa quer um aquartelamento para ontem já”, ressaltou Simas.

O realinhamento tem como base o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA de 5,82% referente ao ano passado previsto para ser lançado no salário da categoria em abril ou maio deste ano. O realinhamento já foi dado aos soldados, restando o de cabo a coronel.
Ano passado, o salário da patente de soldado foi realinhado de 16% de ganho real, mas as demais não tiveram o mesmo sucesso. O soldado passou a receber R$ 2.200, enquanto um cabo com mais de dez anos em serviço recebe apenas R$ 2.250.

Esta é a primeira reunião dos líderes militares e, segundo eles, marca o início das mobilizações de 2013 em prol da categoria. O desfecho final acerca do realinhamento será anunciado no próximo dia 28, às 15h, na Secretaria de Gestão Pública, no Centro de Maceió.

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