sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Militares acusados de estuprar jovem grávida são condenados

13/12/2012 
DA REDAÇÃO
Siga em: twitter.com/OTEMPOonline

Os dois policiais militares acusados de estuprar uma jovem grávida em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, foram condenados nessa quarta-feira (12) pela Justiça Militar. O cabo que cometeu o crime foi condenado a 6 anos, 11 meses e 7 dias de reclusão. Já o soldado que acobertou o estupro foi condenado a 4 anos, 3 meses e 18 dias.

Os militares foram condenados também por constrangimento ilegal e por terem ameaçado as vítimas, caso os denunciasse. O promotor de Justiça Carlos Alberto Silveira Isoldi Filho, que ofereceu a denúncia, irá recorrer da decisão. O pedido feito pela defesa para que os dois aguardem julgamento do recurso em liberdade foi negado.

O crime - No dia 22 de maio, após as 22h, os dois militares, fardados e em serviço, procurando drogas, invadiram uma casa no bairro Santa Cruz Industrial, e, mediante uso de arma de fogo, praticaram um série de crimes.

A jovem estava com o namorado e com amigos no local. Ela e o namorado foram levados para um quarto, onde foram obrigados a tirar a roupa para serem revistados. Depois, ela se vestiu e foi para outro quarto, mas em seguida um dos PMs a seguiu e a estuprou. Como o namorado dela tentou impedir o estupro, o soldado o atacou no pescoço, dando choques e desferindo golpes com um pedaço de madeira, acobertando o crime praticado pelo cabo.

Uma outra mulher foi torturada com choques, pauladas com cabo de vassoura, chutes e enforcamento e o namorado dela foi obrigado a assistir à sessão de tortura. Além disso, duas das vítimas foram colocadas dentro da viatura, algemados, e ameaçados. Segundo o cabo, todos na casa deveriam ficar "de bico fechado", pois, "se abrissem o bico, sobraria para todo mundo lá no barraco". Em seguida, os militares desembarcaram os civis em locais diferentes.

Durante a fase processual, os militares foram presos preventivamente duas vezes, mas recorreram da decisão e conseguiram reverter a decisão.
COM MPMG

Nenhum comentário:

Postar um comentário