quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Vírus brasileiro ameaça usuário para 'comprar' Windows original. Windows original é oferecido por R$ 19,90, mas oferta é falsa.

07/11/2012 
Altieres Rohr
Especial para o G1
Vírus diz que usuário precisa ativar o Windows (Foto: Reprodução)

Analistas de vírus do site de segurança "Linha Defensiva" (acesse aqui) revelaram a descoberta de uma nova praga digital brasileira que, ao infectar o PC, impede o uso de softwares populares, como o Firefox e o Chrome. A solução, de acordo com programa, é legalizar o Windows instalado, que ele informa não ser "original". O pagamento custa apenas R$ 19,90 e a ativação é "imediata". O único meio de pagamento oferecido é cartão de crédito.
Pagamento por cartão de crédito também é falso e apenas rouba dados do internauta (Foto: Reprodução)

Se o usuário fornece os dados solicitados, o Windows é supostamente "ativado". No entanto, a praga, na realidade, não realiza nenhuma modificação no sistema operacional. O golpe inteiro tem apenas o objetivo de obter os dados do cartão de crédito da vítima, junto de informações pessoais, como CPF, RG e data de nascimento.

A praga brasileira se assemelha a vírus estrangeiros que são conhecidos como "ransomware", um termo que une a palavra "ransom" (quantia paga pelo resgate em um sequestro) e "ware"de "software". O ransomware impede o uso de certos softwares ou codifica os dados armazenados no disco rígido, impedindo que o próprio usuário os acesse. A vítima precisa, então, pagar pelo "resgate" das informações que o vírus "sequestrou".

O golpe praticado pela nova praga brasileira, no entanto, não envolve o pagamento de nenhuma quantia. O objetivo é apenas assustar o internauta para que ele forneça os dados do cartão de crédito. Mesmo que os dados digitados sejam falsos, a praga irá afirmar que o Windows foi "ativado".

O golpe afirma que o Windows é pirata mesmo quando executado em um sistema original e ele não é capaz de legalizar um software pirata.

Byte Clark
Somente mais um vírus brasileiro parecido com o divulgado pela "Linha Defensiva" é conhecido publicamente. A primeira praga, conhecida como "Byte Clark", foi distribuída em 2009. Ela também travava programas do Windows e oferecia uma "solução", na forma de um antivírus falso que era vendido por R$ 20. O Byte Clark também foi descoberta, na ocasião, pela "Linha Defensiva".

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