domingo, 11 de novembro de 2012

Os cuidados com a dengue devem ser redobrados com a chegada do verão e dos períodos chuvosos

Nesta estação do ano, marcada pelas chuvas abundantes e pelo forte calor, aumentam os focos de dengue. A doença é grave e pode atingir qualquer pessoa
Rafael Sette
Em 90% dos casos, os focos da doença estão dentro das casas

A Secretaria de Estado de Saúde (SES) trabalha para diminuir os casos de dengue no Estado. A população também já conhece os principais modos de evitar a proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue. Isso se torna importante, já que em 90% dos casos o foco do mosquito está dentro das residências.

“Estamos entrando no período crítico no que se refere à transmissão de dengue. A temperatura mais elevada, o nível de chuvas aumentado e o período de férias, podem favorecer a proliferação do vetor transmissor da dengue, Aedes aegypti. Por isso, é muito importante que a população siga algumas recomendações”, explica a Referência Técnica em Dengue da SES, Geane Andrade.

Recomendações
- Mantenha o lixo em recipiente fechado, disponibilizando-o para recolhimento pela limpeza urbana.

- Jamais descarte o lixo ou qualquer outro material que possa acumular água nos quintais, ruas ou lotes vagos.

- Mantenha a caixa d’água sempre limpa e totalmente tampada.

- Mantenha as calhas livres de entupimentos para evitar represamento de água.

- Elimine os pratinhos de vasos de plantas. Caso não seja possível, mantenha-os limpos e escovados pelo menos três vezes ao dia.

- Mantenha limpos e escovados os bebedouros de animais domésticos. A água deve ser trocada diariamente.

- Mantenha piscinas sempre em uso e devidamente tratadas.

- Ao sair de férias, garanta que esses cuidados serão seguidos na ausência do morador.

- Caso perceba a manifestação de qualquer sintoma de dengue, procure imediatamente o centro de saúde mais próximo.

Faça a checagem, toda semana, e não deixe que o mosquito se multiplique. Ele leva de sete a 10 dias para passar do ovo à fase adulta. Por isso, o ideal é que cada um faça sua parte e se junte nessa luta contra a doença.

Os sintomas são: febre, dor de cabeça, no corpo, nas articulações e por trás dos olhos, podendo afetar crianças e adultos. São quatro tipos, sendo o mais grave o sorotipo 4. Com esse vírus, as pessoas que já foram infectadas podem novamente ficar doentes e desenvolver a dengue hemorrágica, que pode à morte.

Núcleos de mobilização social
A melhor forma de combater à dengue é unir esforços, se organizar e fazer parte de um núcleo de mobilização social na sua cidade, ao lado de profissionais da saúde, educação, meio ambiente, defesa civil, lideranças comunitárias, representantes de associações e outras entidades governamentais. O importante é mobilizar todos: amigos e vizinhança. 

Para o coordenador de Mobilização Social da SES, Joney Fonseca, os núcleos ajudam na distribuição de informações sobre a doença, bem como do material da campanha. “São os núcleos que promovem o envolvimento da sociedade, por meio de parcerias. Os núcleos desenvolvem ações que beneficiam a população ao divulgar informações qualificadas e ao realizar ações de impacto direto nas comunidades, bairros e escolas, como mutirões de limpeza, palestras educativas, entrevistas de cunho informativo, dentre outras”, esclarece.

Se o município ainda não tem um núcleo, o primeiro passo é criar um “Plano de Ação Contra a Dengue”. Junto com vizinhos, parentes, lideranças locais e órgãos governamentais faça um “Mapa de Problemas”. Depois, elabore o Plano de acordo com a seguinte tabela: Ações Objetivo  Estratégia Responsável Data Local Recursos
O que fazer? Para quê? 
Como? Quem? Quando? 

Onde? Por que meios?

O ideal é que o núcleo municipal seja composto por referências de zoonoses (dengue) e da Assistência à Saúde (Viva Vida), um profissional de comunicação social e parceiros da sociedade (associações, sindicatos, empresas, escolas, igrejas, etc).

Para saber se a cidade possui um núcleo de mobilização, deve-se procurar a Secretaria Municipal de Saúde ou as Regionais de Saúde de cada região.

Fonte Agência Minas-Notícias

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