Uncisal no Dia Internacional de Atenção à Gagueira
O movimento do Dia Internacional de Atenção à Gagueira é coordenado, no Brasil, pelo Instituto Brasileiro de Fluência (IBF), e Conselhos Federal e Regionais de Fonoaudiologia. O objetivo da Campanha em 2012 é divulgar e orientar sociedade quanto à gagueira e a importância de saber lidar com as pessoas que gaguejam, minimizando o preconceito existente. Além disto, pretende-se enfatizar a importância de se realizar o encaminhamento ao fonoaudiólogo o quanto antes, pois este profissional fará a intervenção necessária e dará as orientações adequadas para o paciente e sua família.
Neste ano, em Alagoas, esta Campanha está sendo coordenada por Michelle Rocha, fonoaudióloga docente do curso de Fonoaudiologia da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), e Vanessa Porto, fonoaudióloga residente em Saúde da Família da Uncisal. Várias atividades estão sendo programadas para serem desenvolvidas neste período em Maceió, dentre as quais podem ser destacadas as oficinas de orientação a professores, crianças, adolescentes, mesa redonda de discussão sobre o tratamento da gagueira no II Congresso Acadêmico da Uncisal e ações em escolas e unidades de saúde, além da divulgação na mídia (TV, rádio, jornal e internet). Também participarão destas atividades os discentes do curso de Fonoaudiologia da UNCISAL e demais fonoaudiólogos colaboradores.
Gagueira
A gagueira pode ter diversas causas, podendo ser provocada por aspectos motores da fala, fatores genéticos, emocionais, afetivos, cognitivos e linguísticos, de acordo com as concepções teóricas seguidas pelo profissional. Os sintomas mais comuns da gagueira são as repetições, os bloqueios e as hesitações, que alteram a fluência da fala, além da ansiedade, a frustração por não conseguir falar fluentemente, o medo e a vergonha de gaguejar, dentre outros. Além disso, há também o preconceito social que estas pessoas precisam enfrentar por não conseguir “falar como os outros”. Entretanto, é importante ressaltar que nenhum de nós consegue ser um falante fluente em todos os momentos, pois quando estamos diante de situações de tensão também alteramos a fluência da nossa fala.
É comum que crianças que estão adquirindo sua linguagem, por volta dos 2 aos 4 anos, apresente momentos de gagueira, com repetições e bloqueios. Este tipo de gagueira é chamado fisiológico e não necessita de intervenção específica, pois, se não for reforçada negativamente (ex.: mandar que a criança fale devagar ou respire antes de falar), “desaparece” com o amadurecimento linguístico da criança. Entretanto, se este comportamento disfluente persistir, os pais devem procurar um fonoaudiólogo o quanto antes para que seja feita uma avaliação específica, dadas as orientações necessárias e, se preciso, iniciar o tratamento fonoaudiológico. Quanto mais cedo for iniciada a intervenção, mais benefícios o paciente terá com o tratamento.
#A população em geral ainda dispõe de pouco conhecimento sobre o problema da disfluência, comumente conhecido como gagueira.
Segundo o Instituto Brasileiro de Fluência (IBF), a incidência da gagueira no Brasil é de 5%, ou seja, 9,5 milhões de brasileiros estão passando por um período de gagueira neste momento. A prevalência da gagueira é de 1%, ou seja, 1,9 milhão de brasileiros gaguejam há muitos anos de forma persistente, crônica.
A gagueira é um distúrbio de fala que é facilmente notado. Acontece de forma involuntária e a pessoa sabe exatamente o que quer dizer, mas tem uma dificuldade na automatização dos movimentos da fala. A maior parte das pessoas acredita que a origem da gagueira seja apenas emocional, sendo que, na verdade, é uma associação de fatores genéticos, orgânicos, sociais e psicológicos.
Poderia um dia para busca de políticas afirmativas para a pessoa com disfluência.
ResponderExcluirA gagueira a uma certa idade não tem cura, sabemos disso. Por quê não buscar políticas, pois quem tem a disfluencia sofre discriminações frequentes.
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