PP será pago no primeiro trimestre de 2013, em data ainda a ser definida.
Governo de Minas destina R$ 1,7 bilhão para reajustes salariais e benefícios para servidores em 2012
Valor é mais que o dobro do previsto na lei; Executivo anuncia também pagamentos do 13º salário e do prêmio por produtividade
O Governo de Minas destina
em 2012 R$ 1,74 bilhão para despesas com pessoal, somando o que foi
efetivamente gasto até setembro e a previsão de desembolso até
dezembro. Este total é 119,6% maior do que o valor previsto na lei que
instituiu a política remuneratória dos servidores públicos estadual (Lei
19.973/2011), calculado em R$ 794,2 milhões. Ou seja: mais do que o
dobro da previsão.
A informação foi repassada pelos secretários de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena, e da Fazenda, Leonardo Colombini,
a líderes das principais entidades representativas das diversas
categorias do funcionalismo estadual, durante reunião do Comitê de
Negociação Salarial (Cones) realizada nesta quinta-feira (11), na Cidade
Administrativa.
Na
mesma reunião, os secretários anunciaram que o pagamento do
décimo-terceiro salário estará disponibilizado nas contas de todos os
servidores estaduais no dia 15 de dezembro. Já o prêmio por
produtividade será pago no primeiro trimestre de 2013, em data ainda a
ser definida.
O
volume de R$ 1,7 bilhão que o Governo de Minas desembolsará até o final
de 2012, dentro da política remuneratória do Estado, está sendo
aplicado na concessão de reajustes e de diversos outros benefícios
concedidos aos servidores estaduais.
Em
abril de 2012, por exemplo, o Governo do Estado concedeu 5% de reajuste
para os servidores estaduais, a título de antecipação da política
remuneratória. O aumento salarial alcançou todas as carreiras do Poder
Executivo, à exceção daquelas que tiveram reajustes específicos com
vigência neste ano.
Apenas
os reajustes de caráter geral concedidos ao funcionalismo implicaram em
um acréscimo de R$ 366 milhões à folha de pagamento do Estado em 2012,
contemplando mais de 450 mil servidores ativos e inativos. Outros R$ 24
milhões foram destinados para a garantia de vencimento básico não
inferior ao salário mínimo vigente.
Cerca
de R$ 645 milhões dos recursos foram destinados ao pagamento dos
instrumentos de política remuneratória definidos na lei, que congregam a
concessão de progressões e promoções pela regra geral, promoções por
escolaridade adicional nas carreiras, o pagamento de gratificações
vinculadas ao cargo efetivo, a concessão de adicionais de desempenho e
por tempo de serviço, bem como o pagamento de abonos eventuais.
Todos
esses benefícios constituem mecanismos da política remuneratória do
Estado, previstos no art. 6º da Lei nº 19.973/2011. Esta lei, cujo teor
foi acertado no âmbito do Comitê de Negociação Salarial (Cones),
estabelece as diretrizes e parâmetros para a política remuneratória dos
servidores públicos estaduais da administração direta, das autarquias e
das fundações vinculadas ao Poder Executivo, bem como de servidores
militares.
“O
objetivo primordial da lei que instituiu a política remuneratória é
estabelecer uma política de valorização dos servidores estaduais,
conjugada com um adequado planejamento para as despesas de pessoal e com
a responsabilidade fiscal que deve nortear as ações dos entes
públicos”, afirma a secretária de Estado de Planejamento e Gestão,
Renata Vilhena.
Diversas categorias tiveram reajustes específicos
Um
dos fatores que mais levou ao crescimento das despesas com pessoal em
2012 no executivo estadual foram os reajustes específicos concedidos
pelo Governo de Minas a diversas categorias, que tiveram um impacto
total de R$ 705,98 milhões na folha de pagamento.
Diversas
carreiras foram contempladas com mecanismos específicos da política
remuneratória, como educação básica, saúde e meio ambiente, dentre
outras. Os reajustes e benefícios aprovados para essas categorias, com
vigência em 2012, possibilitaram que aproximadamente 80% dos servidores
do Poder Executivo estadual tivessem reajustes muito superiores aos 5%
de reajuste geral concedidos em abril pelo Governo do Estado.
O
Governo do Estado desembolsou, por exemplo, cerca de R$ 569 milhões
para adequar os vencimentos de 308 000 servidores ao modelo unificado de
remuneração da Educação. Nesta contabilidade não está incluído o
reajuste geral de 5% concedido a 383 mil servidores da Pasta, que
implicou em um acréscimo de R$ 260 milhões na folha de pagamentos.
A
implementação do modelo unificado de remuneração da educação
proporcionou reajuste de no mínimo 30% na remuneração para 96% dos
professores, em comparação com os valores percebidos em dezembro de
2010. Além disso, permitiu o reconhecimento do tempo de serviço,
preservou o valor da soma das vantagens adquiridas pelo servidor.
Despesas com pessoal supera variação da inflação e da receita tributária
Nos
últimos cinco anos, de 2007 a 2012, a despesa bruta com pessoal do
poder executivo estadual apresenta um crescimento acumulado de
aproximadamente 86,73%. No mesmo período, a variação da receita
tributária do Estado será de aproximadamente 69,41%.
Os
dados relativos à variação da receita tributária e da despesa de
pessoal bruta no período de outubro a dezembro de 2012 considera
projeções feitas, respectivamente, pela Superintendência Central de
Administração Financeira e pela Diretoria Central de Gestão Fiscal,
ambas da Seplag.
O
crescimento da despesa com pessoal também supera a inflação acumulada
no período de janeiro de 2007 a agosto 2012, medida pelo INPC (IBGE),
que foi de 36,22%.
Ainda
a título de comparação, os reajustes recentemente concedidos pelo
Governo Federal aos seus servidores entrarão em vigor apenas em 2013 e
serão escalonados em 3 anos, sendo 5% em 2013, 5% em 2014 e 5% em 2015.
“Estes
dados demonstram, de forma inequívoca, que nos últimos anos o Governo
de Minas tem investido efetivamente na valorização dos servidores
estaduais”, conclui a secretária de Estado de Planejamento e Gestão de
Minas Gerais, Renata Vilhena.
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