sábado, 29 de setembro de 2012

Por que a reforma do Aeroporto de Guarulhos, feita pelo Exército, acabou antes e custou muito mais barato?

sábado, 29 de setembro de 2012 | 09:01

Carlos Newton

A notícia é antiga, mas explica muita coisa. Foi enviada ao Blog pelo delegado Manoel Vidal, ex-chefe da Polícia do Rio de Janeiro, que ficou impressionado com a falta de divulgação de um fato dessa importância.
 
Mais rápido e mais barato

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“MOTIVO DE ORGULHO”

A ex-procuradora-geral da Justiça Militar, Cláudia Márcia Ramalho Moreira Luz, disse que as obras militares no Aeroporto de Guarulhos “são motivo de orgulho, não só para o Exército mas para todo o Brasil”.

Ela ficou especialmente impressionada como fato de a equipe do “Destacamento Guarulhos” não apenas ter concluído a maior parte das obras antes do prazo, mas tê-las realizado com menos recursos do que os previstos em orçamento – cerca de 35% a menos, o que representou uma economia para os cofres públicos de R$ 150 milhões.

“Está havendo devolução de dinheiro público, isso é uma coisa formidável”, disse a procuradora. “É a primeira vez que eu vejo isso.” Segundo ela, o papel do Ministério Público Militar não é apenas apontar e punir eventuais erros de militares, “mas também aplaudir o que está certo”. “Vim até aqui para verificar in loco as obras e dar um testemunho, para que este exemplo se espalhe”, disse, informando que faria um relatório a respeito do que viu e o encaminhará ao comandante do Exército, general Enzo Peri.

As obras em questão eram duas: a reforma da pista principal, de 3.700 m por 45 m de largura, e a terraplenagem e preparação do pátio de aeronaves do futuro Terminal Três do Aeroporto, numa área de 300 mil m2. A obra do pátio ficou pronta com seis meses de antecedência, segundo o coronel Carlos Alberto Maciel Teixeira, comandante da equipe militar que coordenou a operação, em conjunto com empreiteiras civis.As duas obras estavam orçadas, inicialmente, em R$ 430 milhões; ao final, custaram cerca de R$ 280 milhões.

Ao mesmo tempo, no tal Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit, antigo DNER) do Ministério dos Transportes e nos DERs dos Estados, não há obra que seja concluída no prazo e que não recebe um ou dos aditivos para superfaturar o orçamento. É constrangedor e humilhante.

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